Taxação de grandes fortunas é defendida por auditores fiscais que criticam proposta do governo

A Associação dos Auditores Fiscais defendeu que o Planalto deveria mudar o direcionamento da reforma tributária. Em vez de desonerar a folha de pagamento em detrimento da criação da nova CPMF, os auditores afirmam que o correto seria o governo articular uma reforma progressiva, ou seja, taxação sobre grandes fortunas.

Segundo a Associação, a proposta elaborada pela equipe econômica do ministro Paulo Guedes prejudica os cidadãos com menor renda. Para tentar reverter o cenário, os auditores vão apresentar cerca de oito propostas que aumentam o volume de arrecadação da União, estados e municípios no total de R$292 bilhões.

O foco das propostas é a tributação sobre rendas a partir de R$23 mil mensais ou patrimônio que ultrapasse R$10 milhões. Para isso, será necessário uma revisão na tabela do IRPF, imposto sobre grandes fortunas e tributação sobre lucros e dividendos.

Charles Alcântara, presidente da Unafisco, disse que é necessário o debate e a implementação de um sistema progressivo de tributação.

“Em face desse contexto de pandemia, a agenda de reforma tributária tem de mudar para a questão da renda e do patrimônio. Temos uma visão crítica dessa simplificação, pois não reduz a carga tributária sobre o consumo e pode até aumentar, a julgar por essa proposta que o governo mandou, o que onera mais os pobres e a classe média”.

Já um dos criadores da proposta, o auditor Dão Real Pereira dos Santos, defendeu que é preciso ter novas fontes de recursos.

“Em face desse contexto de pandemia, a agenda de reforma tributária tem de mudar para a questão da renda e do patrimônio. Temos uma visão crítica dessa simplificação, pois não reduz a carga tributária sobre o consumo e pode até aumentar, a julgar por essa proposta que o governo mandou, o que onera mais os pobres e a classe média”.

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