Investigadores apuram repasse de R$2,6 milhões para Wassef

Os investigadores responsáveis pela Operação E$quema apuram o repasse de R$2,6 milhões da Fecomércio para o ex-advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef.

De acordo com o Ministério Público Federal, o pagamento teria sido feito por meio de um contrato entre a Fecomércio e escritório de Advocacia Eluf e Santos.

O escritório teria sido indicado pelo publicitário Marcelo Cazzo e de acordo com o MPF, os serviços não foram prestados e por isso, os valores fechados em contrato não eram justificáveis.

Orlando Diniz disse em sua delação que o advogado Cristiano Zanin teria substituído Marcelo Cazzo na coordenação do esquema e que a advogada Luiza Eluf foi indicada por Ivan Guimarães, dono da Corseque Security que também tinha contrato com a Fecomércio.

Guimarães foi presidente do Banco Popular no primeiro governo Lula.

“Guimarães era muito próximo de Frederick Wassef; QUE Ivan Guimarães tinha escritório em São Paulo, mas morava em Brasília; QUE Luiza Eluf indicou Frederick Wassef para tratar do objeto do contrato, atuando em nome do escritório dela; QUE essa informação só veio ao colaborador depois da reunião de contratação; QUE a contratação de Frederick Wassef foi feita pelo escritório de Luiza Eluf, não pela Fecomércio; QUE o colaborador acredita que Frederick Wassef não podia ser contratado diretamente porque a esposa dela era dona de uma empresa de tecnologia de informação com problemas na justiça; QUE foi algumas vezes à casa de Frederick Wassef em Brasília; QUE Frederick Wassef frequentou a sede da Fecomercio, no Rio de Janeiro; QUE, em uma ou duas ocasiões, Frederick Wassef esteve na sede da Fecomercio acompanhado uma advogada cujo nome não se recorda; QUE o colaborador nunca mais encontrou Luiza Eluf, nem fez reuniões com ela; QUE o contato era todo executado pela interposta pessoa de Frederick Wassef; QUE Frederick Wassef optou por desconsiderar as sindicâncias internas e conduzir a apuraçã dos vazamentos mediante instauração de inquéritos policiais; QUE Frederick Wassef era muito instável e às vezes sumia por longos períodos; QUE isso provocou desgaste com o colaborador; QUE, então, o colaborador comentou com Marcelo Cazzo que não queria mais atender Frederik Wassef e que iria pedir para Marcelo Almeida passar a tratar de todos os assuntos direto com ele; QUE o colaborador estava avisando a Marcelo Cazzo acaso Frederick Wassef reclamasse com ele pelo fato de o colaborador não mais estar lhe atendendo; QUE, indagado sobre a real prestação de serviços por esse escritório, o colaborador esclarece que a contratação não valeu a pena, tampouco pelos valores que foram cobrados pelo contrato; QUE o colaborador realizou reuniões com o escritório, na pessoa de Frederick Wassef; QUE houve reuniões entre Frederick Wassef e Marcelo Almeida; QUE Luiza Eluf foi a única que questionou a forma de pagamento dos honorários advocatícios, fazendo questão de receber dos cofres da Fecomercio; QUE ela sabia que o objeto dos contratos dizia respeito ao SESC e ao SENAC, mas fazia questão de receber dos cofres da Fecomércio; QUE esse pedido, contudo, não foi atendido, tendo o escritório recebido pelo termo de cooperação e rateio de despesas.”









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