PF faz buscas contra Zanin, advogado de Lula e Wassef, ex-defensor de Bolsonaro

Na manhã desta quarta-feira, 9, a Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão contra os advogados Cristiano Zanin e Roberto Teixeira, que fazem a defesa do ex-presidente Lula e Frederick Wassef, ex-advogado da família Bolsonaro.

As ações fazem parte de uma investigação sobre um suposto esquema de tráfico de influência no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Tribunal de Contas da União (TCU) juntamente com um esquema de desvios públicos no Sistema S.

No caso de Zanin e Teixeira, os investigadores acusam a dupla de coordenar e liderar o esquema.

Ambos já se tornaram réus.

Já Wassef é investigado por lavagem de dinheiro e peculato numa outra estrutura de desvios.

Além da dupla de defesa Lula e o ex-defensor de Bolsonaro, também são alvos os advogados Tiago Cedraz (filho do ministro do TCU Aroldo Cedraz) e Eduardo Martins (filho do presidente do STJ, Humberto Martins) e os escritórios do ex-ministro do STJ, César Asfor Rocha.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), os acusados desviaram um montante de R$151 milhões do Sistema S.

As ordens de busca e apreensão foram expedidas pelo juiz Marcelo Bretas, chefe da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro.

A investigação foi baseada na delação premiada do ex-presidente do Senac Rio, Sesc Rio e da Fecomércio, Orlando Diniz.

De acordo com Diniz, os supostos desvios começaram em 2011 após o Conselho Fiscal do Sesc Nacional detectar irregularidades durante seu mandato na instituição.

Na época, o Sesc era chefiado por Carlos Eduardo Gabas que foi ministro nos governos de Lula e Dilma, ambos do PT.

Segundo a investigação, o escritório de Zanin e Teixeira faturou R$67,8 milhões sem prestar serviços, mas com o foco de influenciar o Judiciário para tomar decisões favoráveis a Diniz.

No depoimento, Diniz assume que entrou em contato com os advogados para “comprar uma solução política” e o valor inicial cobrado na época foi de R$10 milhões que seriam pagos através do operador Álvaro Novis.

Apesar das acusações contra os advogados, Lula e Bolsonaro não são investigados.

Redação:
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