CPI vai convocar o empresário Carlos Wizard

Sob a presidência do senador Omar Aziz (PSD-AM), a CPI da Pandemia deverá convocar o empresário Carlos Wizard para depor após o colegiado obter indícios de que Wizard liderava o ‘Ministério da Saúde paralelo’.

A pasta clandestina ficou conhecida por defender cloroquina, que não tem comprovação científica no tratamento contra a Covid-19 e a defesa pela contaminação em massa para atingir a tal “imunidade de rebanho” e Wizard era um dos financiadores.

Já na pasta oficial, o empresário chegou a ser o conselheiro do então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e foi cogitado para assumir a secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Porém, seu nome foi rejeitado após dizer, sem provas, que governadores e prefeitos estariam recebendo dinheiro para inflar o número de mortos.

Em junho de 2020, o presidente da Pfizer, Carlos Murillo, foi ignorado pelo Governo Bolsonaro para realizar as tratativas sobre a aquisição da vacina produzida pela farmacêutica. Mas enquanto isso, as ideias de Wizard e da médica Nise Yamaguchi eram veiculadas na TV Brasil.

“Nossa interlocução principal no Ministério da Saúde, a pessoa com quem eu interagi diretamente no processo foi o ex-secretário Elcio Franco. Dentro do Ministério da Saúde”, disse Murillo em seu depoimento na CPI.

Com forte influência no Planalto, Yamaguchi que representava o grupo de Wizard, tentou incluir na bula da cloroquina o tratamento contra a Covid-19 através de um decreto presidencial. Mas o ato seria ilegal e configuraria uma fraude.

Redação:
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