Atacando o direito de greve e a democracia, diretoria da PBIO tira funções gratificadas de supervisores

Por Deyvid Bacelar

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e sindicatos filiados foram surpreendidos com a decisão antidemocrática e perseguidora da Diretoria de Biodiesel da Petrobrás Biocombustível (PBio) de dispensar das funções gratificadas 12 supervisores de unidades da empresa que aderiram à greve dos trabalhadores, iniciada em 20 de maio.

A decisão ataca o legítimo direito de greve da categoria, que está cumprindo a
determinação do Tribunal Superior do Trabalho (TST) de manter 70% do efetivo
nas unidades de Candeias, na Bahia, e Montes Claros. Além disso, a PBio não
desenvolve atividade essencial, como prevê a lei de greve.

Esta é mais uma demonstração da intransigência da gestão da Petrobrás, pois
a paralisação se dá pela falta de um canal de negociação com a companhia para
resolver a situação dos cerca de 150 trabalhadores concursados da subsidiária,
que está à venda. A greve reivindica o remanejamento desses trabalhadores
para outras unidades da Petrobrás, caso a privatização da PBio seja concretizada.

A gestão da Petrobrás vem insistentemente atacando o movimento sindical e os
direitos de seus trabalhadores. Fui punido por exercer o direito de lutar pelos direitos da categoria petroleira. E agora, colegas petroleiros sofrem sanções pelo mesmo motivo.

A FUP e seus sindicatos não vão se intimidar com este fato. E tomarão todas as
medidas cabíveis para reverter tal situação e garantir a trabalhadores e trabalhadoras da PBio seu direito de greve e de lutar por seus empregos.

Deyvid Bacelar é Coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros – FUP

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