O novo crime de Bolsonaro: difamar a Coronavac, uma das principais vacinas usadas no Brasil

O presidente Jair Bolsonaro especializou-se em cometer crimes contra a saúde e a vida dos brasileiros.

Desde que a pandemia chegou ao país, ele tem lutado bravamente em favor do vírus e contra os esforços de autoridades para conter a sua disseminação.

Trabalhou o tempo inteiro contra a vacina.

Não quis comprar a Coronavac, não fez investimentos em pesquisa, não coordenou nenhuma ação doméstica ou internacional para que o Brasil tivesse uma vacina inteiramente nacional.

Hoje há denúncias graves de que o núcleo político do governo Bolsonaro tentou roubar o dinheiro da vacina.

Não satisfeito em ter cometido todos esses crimes, Bolsonaro agora volta a cometer outros.

O presidente tem falado abertamente contra Coronavac, uma das duas vacinas que estão sendo produzidas no país (a outra é a Astrazêneca), inventando mentiras sobre sua eficácia.

O resultado tem sido desastroso, com a população assimilando um preconceito contra uma das nossas vacinas mais importantes, que foi devidamente aprovada pela Anvisa.

A hostilidade contra a Coronavac, estimulada por Bolsonaro, tem prejudicado e desorganizado o programa de imunização, ou seja, vai na contramão dos esforços do próprio Ministério da Saúde.

Na sua última live de quinta-feira, Bolsonaro difamou abertamente a Coronavac, dizendo que se tratar de uma vacina que “não deu certo”. Ele não deu nomes, mas a mensagem é clara.

O governo de São Paulo tem pesquisas confiáveis sobre a eficácia da Coronavac.

Um monitoramento controlado de Serrana, interior de São Paulo, cuja população foi inteiramente vacinada, indicou uma queda de 95% no número de óbitos por Covid. É uma das vacinas mais eficientes do mundo, portanto.

O mais chocante é a postura de Bolsonaro ao dar uma notícia trágica (falsa, mas trágica, se fosse verdadeira), de que uma vacina fundamental para o êxito do programa nacional de imunização, e, portanto, para a normalização econômica do país, uma vacina fabricada hoje quase inteiramente no Brasil, comprada com recursos federais, não “deu certo”.

Ele… dá risada.

Somente um psicopata riria com a notícia de que uma vacina “não deu certo”…

Que um psicopata seja presidente da república de um país com 210 milhões de habitantes, e que já perdeu quase 520 mil vidas para a doença que essa vacina combate, é um fato que mostra a necessidade dos brasileiros continuarem ocupando as ruas.

Miguel do Rosário: Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.
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