Bolsonaro ataca relator da CPI e diz que vai provar suposta “fraude” nas eleições de 2014

Jair Bolsonaro concedeu manhã desta terça-feira, 20, entrevista a Rádio Itatiaia de Minas Gerais e voltou a atacar o relator da CPI da Pandemia, senador Renan Calheiros (MDB-AL), ao dizer que o relatório final da comissão “é para jogar no lixo”.

Bolsonaro está acuado diante das denúncias de corrupção na compra de vacinas contra Covid-19 pelo Ministério da Saúde e sob o comando do então general Eduardo Pazuello, seu braço direito.

“O relatório do Renan é para jogar no lixo. É uma palhaçada o que eles estão fazendo. Eles estão nos acusando de comprar, por exemplo, a Covaxin. De comprar não, de se corromper. Não pagamos um centavo sequer da Covaxin, é só narrativa”, esbravejou.

“CPI não quer investigar nada, quer desgastar o governo. Quantas mortes a CPI evitou? O tempo todo acusações, pessoas desqualificadas vão depor lá como se fossem grandes lobistas. A tentativa de corromper o governo existe sim, Brasília é o paraíso dos lobistas, mas conosco não tiveram sucesso”.

Ainda na mesma entrevista, Bolsonaro também voltou a dizer que vai provar que houve “fraude” nas eleições de 2014 e que o verdadeiro vitorioso daquele pleito presidencial foi o então candidato Aécio Neves (PSDB).

“Vou entregar provas na semana que vem que o Aécio Neves ganhou as eleições”, afirmou.

“Nós vamos apresentar uma fraude de 2014, no segundo turno, em que, segundo as pessoas que trabalharam em cima disso, o Aécio Neves ganhou as eleições. Isso vai ser comprovado e qualquer pessoa vai notar essa realidade”.

Em declínio nas pesquisas, Bolsonaro começou a fazer uma defesa patológica do “voto impresso auditável” e diz, sem provas, que as urnas eletrônicas “não são confiáveis”.

Na Câmara, sua tropa de choque adiou a votação da PEC do Voto Impresso pela iminente derrota que sofreria na Comissão Especial sobre o tema. Cerca de 11 partidos do Centro e da própria direita já se posicionaram contra o voto impresso.

Cláudia Beatriz:
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