Tabata diz que episódio envolvendo Zé de Abreu é um típico caso de agressão contra mulher

Imagem: Reprodução

A deputada federal Tábata Amaral (SP), recentemente filiada ao Partido Socialista Brasileiro, falou pela primeira vez sobre o episódio envolvendo o ator José de Abreu que compartilhou no Twitter um post agressivo contra a parlamentar onde dizia que “se eu encontro (Tabata) na rua, soco até ser preso”.

Na avaliação da deputada socialista, esse episódio representa um típico caso de agressão contra mulher. “Ele já cuspiu em uma mulher, me chamou de canalha, gravou um vídeo cheio de ataques contra mim. É um caso típico de um agressor de mulheres em redes sociais. Não é um caso isolado. Sem dúvida, é uma hipocrisia. Todo mundo que diz lutar pelos direitos das mulheres, contra a violência, e se silencia, endossa pessoas como ele e é conivente com o que acontece”, disse em entrevista a Revista Crusoé.

Ainda de acordo com Tabata, algumas pessoas do campo progressista se calaram diante do ocorrido, o que segundo ela, expõe uma hipocrisia na esquerda. Mas apesar disso, a deputada diz que não se surpreende pois o machismo é “suprapartidário”.

“Talvez esteja mais clara a hipocrisia da esquerda neste momento, mas o machismo é a coisa mais suprapartidária que existe na política. Infelizmente, a gente não encontra nos partidos de esquerda, na prática, uma situação muito diferente do que a gente encontra nos partidos de direita”.

Ela também disse que até mesmo sua recentemente filiação ao PSB foi motivo para render comentários machistas.

“Eu não sou menos estratégica do que homens que estão na política. Sempre soube que essa decisão seria interpretada como “Tabata está indo para o partido do namorado”, que é o machismo nosso de cada dia. Acho que nesses dois anos eu mostrei o quanto eu sou estratégica e tenho ideais fortes. Não fui para o PSB por causa do meu namorado, mas porque é a melhor opção que encontrei aqui em São Paulo. A principal lição que tirei desse processo tão traumático no PDT foi quão ruim é estar em um partido totalmente personalista, onde, se você discorda do cacique do partido, você não tem para onde ir. Não há diálogo. Isso foi muito importante para mim. Eu não quero estar em partido com dono”.

Cláudia Beatriz:
Related Post

Privacidade e cookies: Este site utiliza cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com seu uso.