Veja: Alcolumbre recebeu R$2 milhões em esquema de rachadinha

Imagem: Agência Senado

A revista Veja publicou uma reportagem sobre um suposto esquema de rachadinha no gabinete do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP). De acordo com a publicação, o esquema rendeu ao demista uma quantia de R$2 milhões. Alcolumbre é o atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

As mulheres contratadas como assessoras de Alcolumbre são Marina Santos, Érica Castro, Lilian Braga, Jessyca Pires, Larissa Braga e Adriana Almeida. Todas residem no Entorno do Distrito Federal e na época que foram nomeadas estavam desempregadas.

A suposta rachadinha teria iniciado em 2016 e as funcionárias tinham salários mensais entre R$ 4 mil e R$ 14 mil, mas devolviam grande parte do montante ao gabinete do senador.

Uma das mulheres, Marina, contou a Veja que “o senador me disse assim: ‘Eu te ajudo e você me ajuda’. Estava desempregada. Meu salário era mais de R$ 14 mil, mas topei receber apenas R$ 1.350. A única orientação era para que eu não dissesse para ninguém que tinha sido contratada pelo Senado”.

Já a estudante Érica Almeida afirmou a Veja que seu salário era de R$ 14 mil mas que só ficava apenas com R$ 900. “Eles ficavam até com a gratificação natalina. Na época, eu precisava muito desse dinheiro. Hoje, tenho vergonha disso”.

Em nota, Alcolumbre se diz vítima de uma “campanha difamatória sem precedentes”. Leia a nota na íntegra!

“Venho sofrendo uma campanha difamatória sem precedentes. Há algumas semanas soltei nota à imprensa informando que não aceitaria ser ameaçado, intimidado e tampouco chantageado. Pois bem, além de repetir firmemente o mesmo posicionamento, acrescento que tenho recebido todo tipo de ‘aviso’, enviado por pessoas desconhecidas, que dizem ter informações sobre uma orquestração de denúncias mentirosas contra mim.

Primeiro, fui acusado de ser um intolerante religioso (um judeu contra um evangélico), depois um áudio, de quase 10 anos atrás, foi divulgado em uma narrativa venenosa e maldosa de algo que nunca aconteceu.

Na sequência, uma operação da Polícia Federal, iniciada em 2020 e com desdobramentos somente agora, em vários estados, onde apenas um nome foi citado e amplamente divulgado: o meu. Operação na qual não sou investigado.

Agora, novamente, sou surpreendido com uma denúncia que aponta supostas contratações de funcionários fantasmas e até mesmo o repudiável confisco de salários.

Nunca, em hipótese alguma, em tempo algum, tratei, procurei, sugeri ou me envolvi nos fatos mencionados, que somente tomei conhecimento agora, por ocasião dessa reportagem.

Tomarei as providências necessárias para que as autoridades competentes investiguem os fatos.

Continuarei exercendo meu mandato sem temor e sem me curvar a ameaças, intimidações, chantagens ou tentativas espúrias de associar meu nome a qualquer irregularidade.

É nítido e evidente que se trata de uma orquestração por uma questão política e institucional da CCJ e do Senado Federal”.

Cláudia Beatriz:
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