Rio: Moradores retiram de manguezal nove corpos em óbito no Complexo de Salgueiro

Foto: Reprodução

Na manhã desta segunda-feira, 22, cerca de nove pessoas foram encontradas mortas no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, na Baixada Fluminense.

De acordo com a TV Globo, os próprios moradores da região encontraram os corpos que estavam numa área de mangue. Os populares também fizeram a retirada dos corpos, já que a PMERJ não circula no local.

Foi nesta área que no último sábado, 20, que o sargento da PM Leandro Rumbelsperger da Silva, de 40 anos, foi morto a tiros. A Polícia afirma que criminosos atiraram contra os agentes do 7º BPM, localizada em São Gonçalo.

O major Ivan Blaz afirmou que existia uma ocupação do 7º BPM na região e que criminosos estariam ocupando até as escolas em benefício do tráfico.

“Nós tínhamos uma ocupação do 7º BPM motivada para estabilizar a região após denúncias de bandidos estarem fazendo o uso de escolas, inclusive, para o tráfico. Após a morte do sargento, o Bope foi para a região. Houve vários confrontos durante o final de semana na área do mangue. Tivemos a apreensão de vários materiais usados em combate. Deduzimos que houve inúmeros feridos entre policiais e traficantes”, disse o militar.

Já o defensor público geral, Rodrigo Baptista Pacheco, informou nas suas redes sociais que o órgão acompanha este caso ocorrido em São Gonçalo e que deve se reunir com as famílias dos mortos ainda hoje.

A vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio (OAB-RJ), Nadine Borges, disse ao O Globo que “a Polícia Militar não informou ao Ministério Público” que estava ocupando a região e fala em sinais de tortura encontrados nos corpos.

“Estamos desde ontem em contato com a Associação de Moradores do Complexo do Salgueiro. Há relatos de sinais de tortura nos corpos encontrados. A comissão acompanhará, junto com as outras entidades, mais uma chacina no Rio, mesmo com a proibição das operações. Eles continuam descumprindo as ordens do STF que proíbe operações policiais durante a pandemia. Ate o momento sabemos que o Ministério Público não tomou conhecimento da operação que é inadmissível e está fora da lei”.

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