Levantamento mostra chances de Alckmin ser vice de Lula e montagem das federações partidárias

Brazil's presidential candidates Luiz Inacio Lula da Silva (R) of the Workers' Party (PT) and Geraldo Alckmin of the Social Democratic Party (PSDB) gesture before the beginning of a TV debate in Rio de Janeiro, Brazil, 27 October 2006, in view of next 29 October runoff. AFP PHOTO / ANTONIO SCORZA (Photo by ANTONIO SCORZA / AFP)

Neste sábado, 26, a InfoMoney divulgou a nova rodada do Barômetro do Poder, levantamento que compila mensalmente as avaliações e expectativas de consultorias de análise de risco político e de analistas independentes sobre temas relevantes no Brasil.

Em um dos pontos levantados, a pesquisa mostra a avaliação dos agentes sobre as chances do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, fechar parceria com o Partido dos Trabalhadores (PT) para ser vice na chapa presidencial de Lula.

De acordo com o levantamento, cerca de 46% dos analistas avaliam que a probabilidade é “alta” e outros 46% declaram que a possibilidade é “muito alta”. Ou seja, 92% dos que participaram da pesquisa já estão considerando a chapa Lula-Alckmin como certa.

Fonte: Barômetro do Poder

Outro ponto relevante abordado pelo barômetro foi a respeito das federações partidárias.

A pesquisa questionou sobre a possibilidade de alguns partidos estarem juntos pelos próximos quatro anos. Sem dúvida, o que chama atenção é a baixíssima credibilidade em relação a possível federação entre MDB, PSDB e União Brasil.

Já pelo lado da centro-esquerda (PT, PSB, PCdoB e PV) a maioria dos analistas participantes consideram que a federação entre esses partidos pode acontecer.

Porém, ainda existe a estimativa de que o PSB acabe ficando de fora. “A federação do PT deve incluir apenas PCdoB e PV. PSB deve ficar de fora”, aponta o relatório.

Por outro lado, a probabilidade de PSOL e Rede Sustentabilidade montarem o próprio bloco de aliança também se mostra bastante elevada.

Fonte: Barômetro do Poder

Sobre a disputa pelo Planalto, existe a avaliação de que até o início da campanha presidencial de fato, a atual conjuntura em que Lula e Bolsonaro são os principais cotados para disputar o segundo turno, pouco deve mudar, dificultando ainda mais o caminho da terceira via.

Além disso, os analistas estimam que o inquilino do Planalto ainda tem chances de melhorar sua avaliação ao longo da consolidação do Auxílio Brasil entre as camadas mais pobres da população.

Já sobre Lula, a visão é que o líder progressista chegou a um teto de intenções de votos, por conta do “tamanho de sua atual rejeição nas pesquisas”.

Ainda na leitura destes agentes, o ex-presidente vai continuar avançando em alianças no Centro, personificado pelo próprio Alckmin e com o ex-ministro Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD. Todo esse esforço será para que Lula seja o nome para liderar o bloco anti-Bolsonaro.

O Barômetro do Poder foi realizado entre os dias 21 e 23 de fevereiro e contou com 13 participantes, sendo 10 casas de análise de risco político e 3 analistas independentes.

São eles: BMJ Consultores Associados, Carlos Melo (Insper), Cláudio Couto (FGV-EAESP), Control Risks, Empower Consultoria, Eurasia Group, Medley Global Advisors, Patri Políticas Públicas, Ponteio Política, Prospectiva Consultoria, Pulso Público, Thomas Traumann (Traumann) e Consultoria XP Política.

Gabriel Barbosa: Jornalista cearense com pós-graduação em Comunicação e Marketing Político. Atualmente, é Diretor do Cafezinho. Teve passagens pelo Grupo de Comunicação 'O Povo', RedeTV! e BandNews FM do Ceará. Instagram: @_gabrielbrb
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