Quaest mede repercussão do “debate” de Ciro Gomes nas redes

Por Felipe Nunes

O assunto da noite de sexta foi o debate entre o Gregório Duvivier e o Ciro Gomes. Em um trecho da conversa, o assunto foi pesquisa.

Os dados citados por Ciro são esses daqui. De fato, há um conjunto importante do eleitorado brasileiro que ainda não declara espontaneamente voto em nenhum candidato. Esse percentual era 58% em set/21 e hoje é 45%.

Para ajudar no debate, organizei um gráfico que mostra o percentual de indecisos nas pesquisas de opinião nesse mesmo momento da corrida eleitoral. Indecisos eram aproximadamente 43% em 2010, 40% em 14, 44% em 18 e agora são 45%. Não parece ter muita variação.

Vale ressaltar que apenas em 1994 e em 2018 o candidato que estava a frente das pesquisas em maio não venceu as eleições. E isso só aconteceu porque FHC e Bolsonaro eram muito mais desconhecidos que Lula, respectivamente, em 1994 e em 2018.

O que é inequívoco é que Ciro Gomes conseguiu esquentar a noite fria de 20/05. A média de menções ao seu nome passou de 25 mil para quase 90 mil.

O que Ciro não conseguiu fazer, no entanto, foi provocar uma mudança no sentimento digital das pessoas sobre ele. No começo da semana, o percentual de menções positivas foi de 28%, após o debate, ele chegou a 19%.

Felipe Nunes é PhD em Ciência Política, professor da UFMG, especialista em pesquisa de opinião e diretor da Quaest

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