Na noite desta sexta-feira, 27, o deputado federal Mário Heringer (PDT-MG) comunicou a executiva nacional do PDT que renunciou a presidência do partido em Minas Gerais. A decisão foi tomada após o pré-candidato Ciro Gomes (PDT) ter atacado em público a pré-candidatura de Miguel Corrêa ao Palácio Tiradentes.
Na CNN Brasil, Ciro disse que Corrêa é “ficha suja” e que “não será candidato”. “(Miguel Corrêa) não é do PDT e não será candidato. É inelegível, porque tem ficha suja”, atacou.
“Não sei o que ele veio fazer aqui, saindo ontem do PT e se filiando ao PDT. Este cidadão, e eu falo isso publicamente, não é companheiro”, completou.
Para Heringer, “ficou claro nesse movimento que minha competência para exercer a função de presidente foi contestada e eu não devo ficar num lugar onde tenha a competência julgada. Não foi um ataque ao candidato, mas às articulações que eu faço”.
Heringer também revela que desconhece as razões dos ataques públicos de Ciro ao seu próprio correligionário. “Atribuo isso ao desconhecimento, alguém deve estar levando informações desviadas (para Ciro)”, disse ao O Tempo.
Vale lembrar que Heringer estava articulando uma aliança local com o PSDB na tentativa de garantir um palanque para Ciro Gomes. Porém, com a desistência de Dória, a situação do pré-camdidato Marcus Pestana (PSDB-MG) ficou praticamente inviável.
O jornalista Ricardo Corrêa lembra que “em 2018, Ciro também ficou sem palanque na última hora, com o nome de Marcio Lacerda sendo rifado pelo PSB após um acordo com o PT no apagar das luzes das articulações. Sobrou para Ciro o apoio de Kalil em BH”.
“Esse ano nem Kalil estará com ele, já que o prefeito escolheu a aliança com Lula. Isso torna a situação do pedetista no segundo maior colégio do país dramática. Uma opção seria propor o nome de Duda Salabert, vereadora, atualmente cogitada para o Senado”, completa.