FUP participa de ato em Brasília em defesa das empresas públicas

Imagem: FUP

Evento reuniu diversos movimentos sociais e entidades na Câmara dos DepPetroleiros se reuniram nesta terça-feira, 12,  na Câmara dos Deputados, em Brasília, para promover o Ato Público em Defesa da Petrobrás e das Empresas Públicas.

O encontro ocorreu no Auditório Nereu Ramos, e foi organizado pelas Frentes Parlamentares Mistas em Defesa da Soberania Nacional; da Petrobrás; e do Serviço Público, com o apoio da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e entidades ligadas ao setor.

Ao longo do evento, foram debatidas as graves consequências das privatizações das empresas estatais, principalmente as do setor energético, promovidas pelo atual Governo Federal.

Com as privatizações das empresas estatais, o presidente Jair Bolsonaro conduz o país na contramão das decisões de países desenvolvidos, que sinalizam com a reestatização das empresas dos setores energéticos para garantir a soberania dessas nações.

Deyvid Bacelar, coordenador-geral da FUP, esteve presente no ato, que reuniu petroleiros e petroleiras, além de trabalhadores de outros setores, em defesa das estatais brasileiras.

“A entrega do patrimônio público atinge a soberania nacional e torna o Brasil vulnerável às crises econômicas e conflitos internacionais, além de comprometer o bem-estar dos brasileiros, com as altas tarifas de combustíveis, energia elétrica e gás de cozinha”, afirmou Bacelar, enfatizando que esta luta é de todos os cidadãos.

Além da FUP, outros movimentos sociais e entidades também pressionaram os parlamentares com o intuito de evitar o processo de privatização que o Arthur Lira quer levar adiante, através de um Projeto de Lei, a mando do Governo Federal. “Não aceitaremos calados, estamos em peso aqui em Brasília e continuaremos mobilizados contra mais esse retrocesso”, completou o coordenador-geral.

Empresa fatiada

Entre 2016 e o primeiro trimestre de 2022, a Petrobrás vendeu cerca de 46 ativos, dentre os quais campos de petróleo, a BR Distribuidora, e a Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, que proporcionaram receita de R$ 145 bilhões (ao valor de 31/03/2022 deflacionado pelo IPCA). No governo Bolsonaro, R$ 97 bilhões entraram no caixa da Petrobrás com a venda de ativos abaixo do preço de mercado e que resultaram na destruição do patrimônio nacional e no empobrecimento do povo brasileiro.

A Petrobrás anunciou no mês passado a retomada desse processo de desmonte da maior empresa do país, com o projeto de venda de mais três refinarias: Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco; Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná; e Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul.

Além dessas três refinarias, o plano prevê a conclusão da venda integral da Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), da Refinaria Gabriel Passos (Regap), da Refinaria Isaac Sabbá (Reman) e Lubrificantes e da Derivados de Petróleo do Nordeste (Lubnor), bem como os ativos logísticos integrados a essas refinarias.

O programa de desinvestimento em refino da Petrobrás representa, aproximadamente, 50% da capacidade de refino nacional, totalizando 1,1 milhão de barris por dia de petróleo processado.

Cláudia Beatriz:
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