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O mundo mágico de Ciro Gomes

Comentários sobre a sabatina de Ciro Gomes no Jornal Nacional A sabatina de Ciro Gomes no Jornal Nacional, nesta terça-feira 23 de agosto de 2022, nos oferece a oportunidade, mais uma vez, de discutir sua estratégia política e eleitoral. Logo no início da entrevista, que durou 40 minutos, a âncora Renata Vasconcelos aborda o que […]

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Comentários sobre a sabatina de Ciro Gomes no Jornal Nacional

A sabatina de Ciro Gomes no Jornal Nacional, nesta terça-feira 23 de agosto de 2022, nos oferece a oportunidade, mais uma vez, de discutir sua estratégia política e eleitoral.

Logo no início da entrevista, que durou 40 minutos, a âncora Renata Vasconcelos aborda o que tem sido a característica mais polêmica de sua campanha, que é a escalada crescente de ofensas contra o ex-presidente Lula e o Partido dos Trabalhadores.

Ciro nunca poupou ataques a Bolsonaro, o que está em linha com o papel que ele assumiu desde que voltou à vida política em 2016, de campeão contra o golpe ou vingador de Lula. Era o tempo em que Ciro comovia estudantes e professores universitários chamando Temer de “golpista filho da puta”, e fazendo apaixonadas defesas da inocência do ex-presidente Lula.

Seu discurso começa a desafinar, aos ouvidos de muita gente, quando passa a direcionar sua verve também para a esquerda, especialmente a partir do segundo turno de 2018, quando toma a decisão de sair do país.

A pergunta de Vasconcelos, que ela fez questão de repetir após Ciro se desviar do assunto na primeira resposta, não versou sobre o conteúdo das críticas de Ciro Gomes, mas à sua forma.

A jornalista fez uma pequena pausa dramática antes e depois de usar o termo “ofensivo”, como que para deixar claro que ela se referia aos ataques violentíssimos que Ciro Gomes tem desferido contra o ex-presidente Lula.

“Estou me referindo especificamente aos termos usados”, disse a jornalista, olhando para uma folha de papel, onde provavelmente havia uma lista dos adjetivos que Ciro, em entrevistas anteriores, usou contra o líder nas pesquisas.

Na segunda vez que a âncora pergunta, Ciro entende o recado. Abrindo bastante os olhos, o candidato responde que iria “levar em consideração as suas ponderações”. Em tom de desculpas, Ciro apela para a cultura nordestina, que seria, segundo ele, mais “palavrosa”, gerando às vezes estranhamento no público do sul e sudeste.

É uma explicação estranha para um político que se gaba de ser o “mais preparado”. Sobretudo para alguém que pleiteia, pela quarta vez, os votos de brasileiros de todas as regiões do país.

Depois de 42 anos de vida pública, justificar deslizes retóricos como idiossincrasia regional é constrangedor. Não consta que nordestinos sejam, por natureza, “palavrosos”, ou mal educados. Quando o são, a responsabilidade é do indivíduo, não da cultura nordestina. No entanto, mesmo que a cultura política, ou o hábito linguístico, de uma determinada região do país, se caracterizasse por uma retórica mais agressiva, mais intensa, um político experiente como Ciro Gomes, com ambições nacionais, já deveria ter, há muito tempo, aprendido a se expressar de maneira mais adequada a seus próprios objetivos.

Para acabar com qualquer dúvida de que fazia uma crítica dura a Ciro Gomes, e diante do recuo do candidato, a âncora diz então que “o senhor está dizendo aqui que reavalia esse discurso”.

Ciro veste a carapuça, ao responder que deve “sempre reavaliar” e que “não me custa nada rever”.

A partir daí, para surpresa de muitos, Ciro Gomes evitaria, ao longo de toda a sabatina, qualquer adjetivo mais duro contra seus adversários. Em dado momento, quando se refere a Bolsonaro como “genocida”, lança um olhar para Vasconcelos, meio maroto meio desconfiado, como que pedindo desculpas.

O resultado, porém, foi uma entrevista morna. Uma internauta disse, sarcasticamente, que Ciro não teria entregado “entretenimento”, referindo-se aos exageros retóricos e emocionais do candidato, os quais, embora desagradem e choquem a muitos, geram um tipo de comoção que, de fato, espanta o tédio. Dessa vez, não. Ciro deu uma entrevista burocrática, técnica, tediosa.

Após ouvir o projeto de Ciro para a instituição de um programa de renda mínima no Brasil, a ser financiado com a criação de um imposto sobre grandes fortunas, William Bonner menciona o seu isolamento político. Como Ciro planeja formar maioria no parlamento para colocar em prática seus projetos, se não conseguiu sequer um aliado na eleição, pergunta Bonner.

Aí começa o “mundo mágico” de Ciro Gomes.

Confrontado pelo jornalista sobre o desafio de formar maioria necessária para aprovação de qualquer projeto, Ciro responde, sem muita preocupação com a lógica, que pretende mudar o “modelo econômico”.

Ciro não explica o que isso significaria. Seria implementar o socialismo? Não. Ciro sempre deixa bem claro que seu projeto não é socialista. Mudar o “modelo econômico” parece ser, para Ciro, alguma alteração nas políticas macroeconômicas, de câmbio, juros e superávit. No caso do superávit, sua postura é ambígua, porque ele se orgulha de ter sido o ministro da Fazenda que fez o maior superávit da história do país.

Sempre que tenta explicar melhor sua crítica ao “modelo econômico”, Ciro costuma se referir, em tom de pesada crítica, ao famigerado tripé macro-econômico, composto por três conceitos: câmbio flutuante, metas fiscais e metas de inflação.

Isso não passa de um clichê vazio. Todo governo precisa ter uma política cambial, uma meta fiscal e uma meta de inflação. Não há nada de intrinsecamente mal no tripé macro-econômico tal qual como o expressamos. Em seu livro, Ciro tem ideias interessantes, por exemplo, sobre meta de inflação, que é alterar o prazo. Ao invés de de 12 meses, podemos criar uma meta de inflação por um período maior, de 24 ou 48 meses. Isso não deixa de ser uma meta de inflação, de qualquer forma. Diferente, mas ainda uma meta. A ideia, a propósito, não foi inventada por Ciro, nem é exclusiva de seu projeto nacional de desenvolvimento. Outros países adotam metas de inflação mais flexíveis.

Na resposta para William Bonner, todavia, o candidato não se estende sobre o modelo econômico, ou como pensa em mudá-lo. Ele salta para o seu outro refrão preferido, a mudança da “governança política”. Ciro sempre menciona os dois conceitos juntos: modelo econômico e modelo de governança política, e suas perorações tratam dos dois como se estivéssemos diante do mesmo tema. O que não sei se é o caso. De qualquer forma, se a ideia de mudança do modelo econômico parece obscura, o seu projeto de instaurar um novo modo de governança política soa ainda mais enigmático.

Mas este conceito, ao menos, Ciro tentou explicar na sabatina. Sua ideia, diz Ciro ao entrevistador do Jornal Nacional, é basicamente a seguinte. O presidente da república celebraria um grande pacto político com governadores e prefeitos. A dívida de estados e municípios seria, de uma forma ou outra, neutralizada pela União. Em troca, governadores e prefeitos, profundamente gratos pela gentileza do presidente da república de lhes pagar a dívida, pressionariam parlamentares de suas regiões para que aprovassem os projetos de lei e as reformas propostas pelo governo federal.

Analisando bem, todas as ideias de Ciro Gomes giram em torno do pagamento de dívidas. Seu governo tiraria todos os brasileiros do SPC, reduzindo a dívida de cada um em até 90%, através da realização de leilões subsidiados pelos bancos públicos. As dívidas dos grandes empresários, por sua vez, seriam pagas com recursos das nossas reservas internacionais. As dívidas dos estados e municípios, como já dissemos, também seriam consolidadas pela União.

É um mundo mágico, onde ninguém mais terá dívidas. O termo “mágico”, aliás, é usado pelo próprio Ciro, que fala num suposto “momento mágico” de seu governo, que seriam os seis primeiros meses de sua administração.

O problema desse maravilhoso mundo de Ciro Gomes é que, em algum momento, a gente terá de acordar.

Não há absolutamente nenhuma garantia de que governadores ou prefeitos terão interesse em pressionar seus parlamentares. E mesmo se o fizessem, também não haveria garantia de que os parlamentares se submeteriam à pressão. O uso de reservas internacionais para quitar dívidas de grandes empresários é uma ideia perigosíssima, que certamente seria judicializada como inconstitucional.

A ideia de consolidar todos os programas existentes, como bolsa família (renomeado para Auxílio Brasil), BPC, aposentadoria rural, num programa único de renda mínima, pode gerar insegurança e instabilidade. O projeto de financiá-lo com dinheiro de um imposto sobre grandes fortunas, um imposto que ainda não existe, e que ainda teria de ser aprovado por um congresso conservador, é pura demagogia.

A instituição de um imposto sobre grandes fortunas é uma necessidade. Mas é uma medida necessária por justiça fiscal, não para financiar o Estado. Há muitos estudos que mostram que esses impostos têm importância enorme para construir uma cultura de justiça fiscal nos países, mas a sua participação no financiamento do Estado é cada vez menos relevante, sobretudo porque a introdução de novas tecnologias para transferência financeira vem tornando cada vez mais difícil o trabalho das polícias tributárias.

Um dos grandes defensores da implementação de tributações pesadamente progressivas é o economista francês Piketty. Ele as considera como medidas necessárias para combater a crescente desigualdade de renda no mundo. Mas admite que, concretamente, elas apenas seriam viáveis se o mundo inteiro chegar a um acordo sobre duas iniciativas: combate feroz a paraísos fiscais, de um lado, e a implementação de um imposto global, de outro. As duas iniciativas são complementares.

Um governo progressista, seja de Ciro Gomes, seja de Lula, deve perseguir ativamente, nos fóruns internacionais, que os paraísos fiscais sejam terminantemente proibidos. E que todas nações que participam da ONU e da Organização Mundial do Comércio adiram à ideia do imposto global, que poderia ser, inicialmente, quase insignificante, mas que permitiria um monitoramento importante sobre a circulação das riquezas no planeta. O imposto ajudaria a coibir lavagem de dinheiro, tráfico internacional de armas e seres humanos,  paraísos fiscais, e a gerar estatísticas confiáveis e atualizadas sobre a distribuição da riqueza no mundo (o que seria muito importante para se planejar políticas de combate à desigualdade de alcance internacional).

Sem fechar essas brechas, os governos sempre terão dificuldade em cobrar de seus super-ricos. Não dá para ser ingênuo a essa altura do campeonato! Ou Ciro Gomes acha que os 85 mil super-ricos do Brasil, com fortunas superiores a R$ 20 milhões, a maioria dos quais não votou nele, nem tem nenhum compromisso com seu projeto de desenvolvimento, não irão encontrar subterfúgios para não pagar esses impostos? A primeira medida de todos esses super-ricos seria a de tentar provar, através de mil artifícios criativos, que suas fortunas se posicionam ligeiramente na marca abaixo daquela definida pelo governo para o imposto.

Além disso, a troco de que Ciro Gomes acha que os políticos do União Brasil e do PSD, que ele anda citando como possíveis aliados em sua administração (pois ele não “gosta” mais de PT, PSB, PSOL) iriam lhe apoiar em seu projeto de cobrar mais impostos dos ricos brasileiros?

Perdoa-se ingenuidade num jovem radical de 20 anos, mas não de um macaco velho da política!

Qual a solução?

Ora, a solução é fazer exatamente aquilo que Ciro Gomes não está fazendo: construir pontes com os mais diversos setores da sociedade, e, sobretudo, desenhar estratégias objetivas e adultas para vencer eleições!

Já que um processo de luta revolucionária armada está fora de cogitação, e acredito que Ciro Gomes concordaria que a saída é pacífica e democrática, não tem outro jeito: é sentar para conversar, EDUCADAMENTE, GENTILMENTE, SEM XINGAR, com todo mundo.

E se o parlamento não aprovar a reforma desejada pelo governo federal?

Ciro responde com um sonho mágico e um preconceito.

Neste caso, diz ele, levaríamos a decisão a plebiscito popular.

O sonho mágico é porque, para que o plebiscito aconteça, é preciso apoio do parlamento. Ciro fala, como se fosse fácil, reunir uma maioria simples. Para isso, novamente vai depender de muita política. No caso de uma iniciativa de esquerda, como seria um imposto sobre grandes fortunas para financiar um programa de renda mínima, seu apoio viria exclusivamente de partidos de esquerda, ou legendas de centro com bom diálogo com a esquerda. Tenho muitas dúvidas se os novos amigos de Ciro, que ele preza tanto, como Ronaldo Caiado, Bivar e ACM, o ajudariam nessa empreitada.

Outro sonho mágico é achar que apelar para a realização de plebiscitos, nesse momento de transição democrática, em que estamos tentando sair do pesadelo bolsonarista,  com suas multidões de terraplanistas, negacionistas da vacina, defensores de intervenção militar e por aí vai, seria uma ideia tão brilhante assim.

Renata Vasconcelos rebate, em tom crítico, que diversos regimes latino-americanos usaram de plebiscitos para aprovarem mudanças legislativas importantes.

Esse era o exemplo que Ciro Gomes pensava seguir, pergunta ela?

Aí vem o preconceito.

A resposta de Ciro é covarde. Sem que a Venezuela tivesse sido citada, Ciro diz, num afago gratuito, servil e espontâneo à extrema-direita: “considero o regime da Venezuela abominável. O PT é que defende. Eu seguirei o modelo dos Estados Unidos e da Europa”.

Pelo amor de Deus! Diante de dezenas de milhões de brasileiros, Ciro Gomes chancelou a visão reacionária da Globo?

O que Ciro se tornou: um lacaio do imperialismo?

O que os regimes latino-americanos tentaram fazer, com seus plebiscitos, foi exatamente o que Ciro Gomes pretende.

O que tem isso? Tratar a América Latina como um leproso do qual devemos nos afastar é uma postura mesquinha. As democracias latino-americanas cometeram erros políticos, sim, mas os EUA e a Europa, nunca erraram?

Os EUA patrocinaram assassinatos políticos, genocídios, golpes de Estado, no mundo inteiro. A literatura de história registra hoje, oficialmente, centenas de intervenções ilegais, violentas, antidemocráticas, do regime norte-americano, em outros países.

Para Ciro, todavia, apenas a Venezuela é um “regime abominável”!

Assim é fácil defender plebiscito! Senhora Globo, eu, como presidente, pretendo fazer plebiscitos populares para chancelar um projeto nacional de desenvolvimento, mas meu modelo é os EUA e Europa, viu? Não é América Latina, não!

Ora, Ciro. O seu modelo é exatamente o de regimes populistas da América Latina, e você deveria se orgulhar disso, ao invés de negá-lo!

Para explicar porque, em sua opinião, o “modelo de governança política” do Brasil deve ser mudado, Ciro vem repetindo, qual disco arranhado, uma sequência de frases feitas.

“Collor governou com essa gente – foi cassado. FHC governou com essa gente – o PSDB nunca mais disputou uma eleição nacional. Lula governou com essa gente – foi bater na cadeia. Dilma governou com essa gente – foi cassada. Temer governou com essa gente – foi preso. Bolsonaro governa com essa gente – está desmoralizado”.

O raciocínio de Ciro Gomes receberia nota zero de um professor de primeiro período do curso de Ciência Política, porque é absolutamente vazio.

Uma coisa não tem nada a ver com a outra.

Em primeiro lugar, “essa gente” é uma expressão preconceituosa, despolitizada, moralista, para se referir ao que é, simplesmente, o parlamento brasileiro. Ciro Gomes acha que o parlamento, em outras democracias, é tão superior assim ao do Brasil?

Além da linguagem despolitizante, tentando surfar nesse senso comum antipolítica do brasileiro médio, Ciro Gomes mistura alhos com bugalhos.

Os problemas de Collor foram diferentes daqueles enfrentados por FHC, que por sua vez não passou pelo que passou Lula ou Dilma. Temer experimentou uma ordem de problemas inteiramente diferente. E a mesma coisa vale para Bolsonaro. O sistema brasileiro é instável, sim, mas a causa não é o “modelo de governança política”, mas o fato de seremos ainda um país profundamente desigual, que ainda lambe as feridas da escravidão e da ditadura militar.

O nosso “modelo de governança política” é o que temos por hoje, e prometer mudá-lo é vender uma mentira. O próximo congresso será composto por deputados e senadores eleitos pelo mesmo povo que elegeu os anteriores. E não adianta apelar para governadores e prefeitos, porque estes não são melhores.

FHC governou com “essa gente”, e o PSDB disputou sim eleições em 2006, 2010 e 2014, e teve excelente votação. O fato do PSDB ter sido derrotado não pode ser colocado na conta do “modelo de governança política”, e sim porque o povo preferiu votar num outro projeto!

Lula, da mesma forma, não foi “bater na cadeia”, para usar a expressão vulgar de Ciro, mais uma vez tentando surfar no lavajatismo, por causa do “modelo de governança política”, e sim porque foi vítima de uma odiosa conspiração judicial, com participação ativa da mídia, que manipulou investigações, forjou provas, coagiu testemunhas. Além disso, Lula foi colocado em liberdade, e hoje lidera as pesquisas, também como resultado da força das nossas instituições democráticas, ou seja, também por conta do mesmo “modelo de governança política”.

Outra ideia romântica de Ciro é apresentar sua renúncia a reeleição como uma grande cartada para convencer os parlamentares a lhe apoiarem. O que isso tem a ver, perguntou William Bonner. A resposta de Ciro, quando lhe fazem essa pergunta, é sempre uma evasiva. A pergunta, no entanto, continua no ar. A troco de que Ciro acha que todos vão se ajoelhar a seus pés no caso dele renunciar à reeleição?

Quando Ciro Gomes xinga Lula de corrupto, ele dá uma lição de grosseria, arrogância e mal caratismo a toda a sua militância, vide que o ex-presidente já foi perseguido pela mais poderosa máquina midiático-judicial de que se tem notícia no mundo, e jamais acharam um centavo ilegal em suas contas.

Simplesmente não há provas que Lula tenha cometido, em qualquer momento de sua vida, um ato de corrupção. O povo brasileiro acompanhou as investigações contra Lula com mais intensidade e atenção com que acompanhou qualquer outra investigação no país, e quando as pessoas declaram votam em Lula, é porque acreditam em sua inocência.

Ciro Gomes, que se orgulha tanto de seu diploma universitário, deveria saber que a dignidade é o maior bem do ser humano. Chamar o outro de corrupto, sem provas, é um ato de violência política deplorável, e depõe contra si mesmo. Esse tipo de postura contaminou a militância cirista, que se tornou igualmente agressiva, truculenta, arrogante, emulando seu líder para xingar a todos de “vendidos”, “corruptos”, sempre que identificam que o interlocutor não tem a mesma opinião ou não vota no mesmo candidato.

No sistema judicial de muitos países, inclusive do Brasil, um júri pode absolver uma pessoa de seus crimes, se entender que não há provas suficientes para julgá-lo culpado. Da mesma forma, os milhões de brasileiros que desejam a volta de Lula à presidência também estão, à sua maneira, absolvendo o presidente e o julgando inocente dos crimes de corrupção, de um lado, e preparado para governar o país, de outro.

O voto popular é o julgamento mais nobre de todos, sobretudo quando a informação é livre, como é o caso do Brasil. O povo conhece Lula, conhece suas virtudes e defeitos, e vota nele.

Ciro Gomes sempre demonstrou um grande respeito pelos brasileiros que votaram em Bolsonaro em 2018. Diz que ama seu povo e compreende o seu voto.

Deveria, portanto, respeitar quem vota em Lula.

Ah, a propósito de uma reforma tributária que ajude a recapitalizar os cofres públicos, abrindo espaço para maiores investimentos em infra-estrutura, sugiro esse artigo de minha autoria, de uns anos atrás. O texto menciona uma iniciativa do governo russo, de usar um sistema de inteligência artificial para zerar a sonegação no país. Acho que seria mais objetivo se fôssemos por esse caminho.

A entrevista de Ciro pode ser visto na Globoplay, neste link.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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Oswaldo Filho

30/08/2022 - 18h54

Frase do Brizola no Roda Viva: “Lula é a espuma da História”.(procurem no YouTube).
Incoerências petistas: chamar o impeachment de Dilma de Golpe e estar abraçado aos mesmos que patrocinaram o “golpe”;
Ter como única reforma estrutural em 14 anos de poder a tomada de 3 pinos;
Ter o “pai” da ideia no Brasil da renda minima e nunca ter proposta a renda mínima;
Ter dados o maior lucro aos bancos da História do Brasil;
Nunca ter nem proposto uma reforma tributária, mas ter aprovado uma reforma da previdência que prejudicou trabalhadores.
Nunca ter feito nada pela transformação da Educação Básica no Brasil;
Ter enchido os bolso de donos de horríveis faculdades particulares e formado uma legião de semi alfabetizados, sem nenhum preparo, que hoje não arrumam emprego. O Brasil tem hoje 92% de pessoas que não sabem interpretar um texto. Não é à toa que as pesquisas indicam um índice de mais de 80% das intenções de voto em Lula e no Bozo.
Quando era a corrupção “dos outros”, para o PT não precisava de trânsito em julgado de sentença penal condenatória. Basta procurar arquivos de Genoíno, Zé Dirceu e outros, chamando Quércia, ACM, Newton Cardoso, Maluf, de corruptos ou ladrões. Agora dizem que para o Lula precisa de trânsito em julgado, apesar do Palocci ter devolvido dinheiro apropriado do Estado.
Durmam com essas contradições e respeitem quem não cai nessa farsa…

Nelson

26/08/2022 - 11h42

Uma réplica ao escrito pelo comentarista “Bananaro”

“Lula e o PT sequestraram e estupraram o Brasil por quase 2 décadas, compraram o Congresso (a democracia) com dinheiro roubado aos brasileiros para poder ficar no poder… existe imundícia maior que essa?”

Uau! Explica para nós aí, meu chapa, como é que se chega a uma dedução tão genial assim. Explica como é que “Lula e o PT compraram o Congresso” e o mesmo Congresso apeou o governo do PT do poder.

Só posso entender uma dedução com tamanho grau de absurdez como fruto do desatino de mentes bolsonaristas fanatizadas.

Lula e os governos do PT cometeram erros? Sim, e em quantidade muito maior do que era esperada por quem neles votou. Houve corrupção nos governos do PT? Sim e deve, ou deveria ser investigada e os devedores punidos.

Porém, se formos olhar os números, inimagináveis, do governo de Fernando Henrique Cardoso, vamos facilmente concluir que a corrupção durante os oito anos tucanos foi mil vezes maior, ou até mais, que nos governos do PT.

Escrevo isso para livrar a cara do PT? De jeito maneira. Não sou e nunca fui filiado a partido algum. Escrevo para fazer algumas perguntas:

Por que você não se revoltou ou não se revolta contra a monumental corrupção da Era FHC?
Por que FHC e seus comparsas escaparam indenes a investigações do Ministério Público, do Judiciário, apesar de terem praticamente doado a Vale do Rio Doce, a telefonia e grande parte do patrimônio pertencente ao povo brasileiro?
Por que os mesmos órgãos da mídia hegemônica, que empreenderam campanha brutal, insistente, incessante, durante um longo período, de denúncias da corrupção nos governos do PT, “esqueceram” de denunciar a dos governos tucanos? Qual a razão da seletividade dessa mídia?

Em uma das tantas frases que cunhou, o genial Millôr Fernandes diz: “Discussão não se ganha pelo conteúdo, mas pelo tom”. Ou seja, se você gritar mais alto, ainda que não dizendo coisa com coisa, vai ganhar a discussão.

Creio que podemos parafrasear essa assertiva do Millôr para destacar essa seletividade da mídia. Contra o PT e sua corrupção, a mídia rugiu bem alto, mais alto que um leão, durante muito tempo. Contra a corrupção do PSDB, a mesma mídia reagiu com um tímido miado de um esmirrado gatinho.

Para denunciar a corrupção nos governos do PT, os órgãos da mídia hegemônica e seus comentaristas elevaram o som ao nível máximo: 140 decibéis, equivalente a disparo de uma arma de fogo. E o fizeram vezes sem conta, repetindo as denúncias 50, 100 vezes por dia, durante semanas, meses ou anos.

Para denunciar a corrupção dos governos do PSDB, a mesma mídia baixou o volume a zero decibél ou, quando muito, elevou-o ao nível do gotejamento de uma torneira, 20 decibéis, divulgou as denúncias uma ou outra vez para, logo, rapidinho, calar o bico.

Quero deixar um último questionamento, que deveriam fazer todos os que passaram a odiar de morte a Lula e a tudo o que tenha relação com o PT, a quase totalidade deles devido a essa campanha de difamação empreendida pela mídia hegemônica e seus comentaristas.

Se a esmagadora maioria do povo passou a “saber” que a corrupção de Lula e dos governos do PT era, supostamente, imensa e imbatível, por meio das denúncias divulgadas pelos da mídia hegemônica e dos comentários de seus comentaristas;

Se essa mesma mídia e equipe de comentaristas “esqueceu-se” de divulgar as denúncias de corrupção de governos do PSDB e de outros partidos, muitíssimo mais corruptos que os do PT;

Diante da descomunal seletividade da mídia hegemônica e de seus comentaristas, em quanto da corrupção do PT que foi divulgado por essa mesma mídia e comentaristas eu posso acreditar?

P.S.
Não estou te convidando a se filiar ao PT. Nem eu sou filiado. Não estou te convidando a amar o PT ou votar em seus candidatos. Nada disso. Estou te convidando a refletir mais profundamente sobre o que vem se passando no país nesses últimos anos e, a partir daí, se dar conta do quanto a mídia hegemônica não tem compromisso algum para conosco, povo brasileiro

    Orlando Soares Varêda

    18/10/2022 - 16h22

    O Ciro é apenas um coronel escroto de segunda categoria. Nem os irmãos, suportam o mau caratismo da peça.

    Orlando

Alexandre Neres

25/08/2022 - 12h22

Por tudo que Brizola passou, ver Ciro adotando uma postura dócil e servil diante da Vênus Platinada é algo tão vexatório que não merece sequer comentários. É do mesmo nível do que a traição do PTB, é o PDT também ser apropriado para macular o trabalhismo.

Como também não há mais saco para fanfarrões que falam grosso com Venezuela e Bolívia e falam fino com os EUA e Inglaterra.

Tal qual Bolsonaro, Ciro também quis passar uma imagem de que não é autoritário, incorporando uma personagem que não corresponde a ele. Depois do fiasco da “entrevista” com o Gregorio Duvivier e das hostilidades no Roda Viva, Ciro quis de modo infantil se livrar da fama a que sempre fez jus.

Jamais irá conseguir se comunicar com a população com aquele discurso empolado.

Ciro está adotando a mesma tática de outros políticos do campo progressista que passaram a atacar Lula para agradar o establishment e e a imprensa dita profissional. Em virtude do momento divisor de águas pelo qual estamos passando, em que a democracia e a própria civilização estão em xeque, todos esses políticos voltaram a apoiar Lula, reconhecendo-o como o grande líder capaz de derrotar Bolsonaro. Ciro, em caminho inverso, caminha a passos largos para seu ocaso e para a insignificância.

Sip

25/08/2022 - 11h37

E é oficial, nunca mais irei entrar neste site para ler um artigo, muito menos do “jornalista” Miguel do Rosário.

Fique com seu santo Lula. Boa sorte.

Ridículo.

Francisco*

25/08/2022 - 02h25

Mais uma análise honesta, profunda e competente feita por Miguel, agora sobre a entrevista de Ciro ao JN, que pode e deve ser contraditada sim, por quem dela discorda frontalmente ou concorda em partes, porém de forma inteligente e com a competência devida para evitar-se o raso e assim enriquecer o debate e permitir consolidar opiniões diversas, jamais de forma grosseira, extremamente discrepante e intolerante, sobretudo em tempo de ódio xucro e medíocre que assola e apaga o país
em saber pensar, ouvir e tolerar.

Quanto a Ciro, o trecho:
“Após ouvir o projeto de Ciro para a instituição de um programa de renda mínima no Brasil, a ser financiado com a criação de um imposto sobre grandes fortunas, William Bonner menciona o seu isolamento político. Como Ciro planeja formar maioria no parlamento para colocar em prática seus projetos, se não conseguiu sequer um aliado na eleição, pergunta Bonner”, permite pinçar-se, “isolamento político” e “não conseguiu sequer um aliado na eleição”, fatos irrefutáveis que revelam Ciro por inteiro, o tempo inteiro em quatro décadas de contínua e intensa lida política, completamente solitária e desagregadora, em ambiente que exige permanente postura agregadora e o legado sempre presente e solidário dos apoiadores, para vencer.

E para completar, Gabeira, hoje, instado a analisar a performance de Ciro no JN e explicar a razão, em quarta campanha e sendo super conhecido, não conseguir emplacar maior número de eleitores, foi na mesma linha critica, ressaltando que o problema de Ciro, diferente de alguns outros candidatos, não é o de não ter programa de governo, mas sim ter programa de governo de mais e ao exagerar com isso ao falar, transforma-se em “Professor de Deus”, que o torna não aceitável pela maior parte dos eleitores.

Rodrigo

25/08/2022 - 00h44

Há o mundo mágico de Ciro, e o mundo repetitivo de Lula: “nunca antes na história desse país, sabe, o pobre comeu tanto! Nunca antes neste país o pobre comeu tanta picanha, sabe, nunca o pobre tomou tanta cerveja, nunca antes o pobre deste país comeu tanta linguiça, nunca antes o pobre deste país comeu tanto feijão, nunca antes na história deste país o pobre comeu tanto arroz, nunca antes na história deste país o pobre comeu tanto tomate, nunca antes comeu tanta batata frita, nunca antes, sabe….”

O mundo repetitivo do Lula é mais cansativo e irritante do que o mundo mágico do Ciro.

    Paulo Werneck

    25/08/2022 - 08h54

    Excelente artigo.

    Quanto aos críticos do PT, que não teria sido “estruturante” e que teria sido “enfadonho” ou “repetitivo”,, digo que desestruturante, enfadonho e repetitivo é ver multidão de pessoas em situação de rua e incontáveis lojas com vende-se ou aluga-se nas fachadas. É deixar de ver notícias sobre batismos de navios construídos em estaleiros nacionais. É ver as empresas sendo desnacionalizadas.

    Quanto à corrupção do Lula é simples: entreguem as provas para o Ministério Público. Quando comprei meus apartamentos tive que tirar certidões negativas, lavrar escritura e registrar no RGI: não bastou visitá-los duas vezes e alguém dizer que seriam meus.

EdsonLuíz.

25/08/2022 - 00h12

Voltando para continuar a resposta iniciada abaixo.

Estamos assim, na resposta iniciada abaixo:

O presidente do TRF-4 declarou à época que Lula e seus advogados NUNCA, em centenas de recursos apresentados, questionaram as provas contra Lula arrecadadas pelos investigadores e que estão anexadas aos processos, tendo os advogados de Lula apresentado à justiça apenas questionamentos sobre ritos processuais.

O autor deste post afirma que provas contra Lula foram forjadas pelos que combatiam a corrupção de Lula e de seus associados nessa prática criminosa.

Antes que por mais não seja, cabe perguntar : Por que Lula não recorreu das provas que constam contra ele e que serviram para sua condenação repetidamente pelo juiz natural da causa e por duas instâncias judiciárias subsequentes de revisão das decisões anteriores, o TRF-4 e o STJ, em decisões à unanimidade: 3X0 e 5X0?

Observe-se que, da turma de três juízes julgadores do TRF-4 que condenaram Lula, dois foram indicados por governos do PT; e da turma de cinco julgadores que condenaram Lula no STJ, quatro foram indicados por governos do PT.

Claro que não houve fraude nas provas contra Lula!

Tanto não houve fraude nas provas que essas mesmas provas, para que o processo recomessasse como determinou o STF, que naquela decisão estava julgando ritos processuais constitucionais, o que é coisa diferente de julgar provas no mérito e inocentar, não retirou NENHUMA DAS PROVAS anexadas ao processo.

E mais, o que seria muito grave: se agentes públicos responsáveis por atos investigatórios e por atos decisórios –policiais federais, delegados de polícia, procuradores do ministério público, o juiz natural e os oito juízes de turmas de julgamento de instâncias superiores que condenaram Lula e outros agentes públicos mais– se esses agentes públicos houvessem FRAUDADO as provas para condenar Lula (ou quem eles condenassem assim), por que os senhores ministros do STF não eliminaram as provas do processo (estou me atendo ao caso do TRÍPLEX, que foi o único caso em que o ex-juiz Sérgio Moro condenou Lula, tendo ele inocentado Lula em um e não reconhecido a denúncia em outro processo contra Lula) por que o STF não eliminou as provas contra Lula e não puniu exemplarmente os fraudadores de provas? E por que Lula, mais uma vez, não ‘provocou a autoridade coatora’ para tomar providências contra práticas tão graves praticadas por inúmeros juízes de cortes superiores (todos, à unanimidade, que julgaram e condenaram Lula?

Não me venham falar de generosidade de Lula. O ato de fraude por inúmeros juízes de cortes superiores seria monstruoso e, portanto, mais monstruoso ainda seria a suposta vítima não provocar a autoridade para fazer justiça para si, de fato, e igualmente monstruoso seria que Ministros do STF não representassem contra os fraudadores.

É assustador o ponto em que o PT e Lula chegam para enganarem eleitores, a sociedade como um todo e destroçam a base legal desse país. E eles fazem isso em nome do estado legal de direito, assim como sinalizam que sem nenhum pudor estuprariam a democracia usando para isso a própria democracia.

Olha PT e petistas (e me desculpem os petistas sérios que restarem): NÃO SOMOS NÓS OS CRIMINOSOS, nós somos as vítimas de vocês.

Denunciar corrupção e corruptos é uma obrigação de democratas, de progressistas e de humanistas. Ciro nem ninguém deve se calar; errado Ciro estava enquanto esteve calado sobre a corrupção de Lula!

Denunciar corrupção, corruptores e corruptos é uma demonstração de cidadania.

Edson Luiz Pianca.
edsonmaverick@yahoo.com.br

P.S.: Eu queria discutir formas de conceituação de categorias e demarcar concordâncias e discordâncias entre mim e o autor, mas fica cansativo, como tratar essas coisas já é mesmo cansativo, embora necessário.

    Orlando Soares Varêda

    18/10/2022 - 16h49

    Nelson. Vosmecê como portador de expertise em caçar bens públicos surrupiados por políticos corrúptos. Nos informe, por favor, onde estão o dinheiro e as propriedades roubadas por: Getúlio Vargas, João Goulart, Juscelino Kubitscheck, Ernesto Geisel e Luis Inácio Lula da Silva.
    O roubos dos demais, não é necessário. Todos sabemos. Inclusive, V.S.
    Obrigado. Orlando

Tiago Silva

24/08/2022 - 23h36

Incrível como os comentários de quem se diz apoiador de Ciro mais parece com o linguajar de apoiadores da extrema-direita preconceituosa (Tanto parecido com a linguagem e como profere os mesmos ataques dos Bolsominions como dos Farsa-Jatistas)…

Como é que um candidato que se diz tão inteligente (ou pelo menos com boa memória para citar teses da Unicamp ou de economistas de esquerda nacional e internacional, mesmo sem citar a autoria)… consegue (de)formar apoiadores com tanta ignorância?

Acredito que Brizola está se revirando do túmulo com tanto cortejo à essa pequena burguesia radicalizada (ou cortejo a herdeiros da UDN) que continuam tão ignorantes como nos tempos de outrora!!!

É triste ver parte da esquerda se tornando o que deveria ser contrário: ignorante (inclusive juridicamente e politicamente – política que pode ser praticada também por jornalões, judiciário, MP, militares, elite do atraso etc-, mas também pelo linguajar), preconceituosa, movida por ódio e mimetizando tanto essa extrema-direita brasileira e internacional.

Parabéns ao Miguel do Rosário que contextualizou muitas das falas descontextualizadas do Ciro (algumas de um cinismo que beira à leviandade) e que, desde 2018 (quando não aceitou ser vice do Lula para depois ser cabeça de chapa com o Haddad de vice), tem a estratégia de detrator ou de biruta de aeroporto ou até de mimetizar a criação de minions pela mesma cartilha comunicacional de Bolsonaro/MBL – infelizmente!

Quanta falta faz Brizola nos tempos atuais…

Max

24/08/2022 - 22h38

Agora é esperar a bajulação dessa linha editorial quando for a vez do Lula, o homem qua acaba com a Guerra da Ucrânia… não com mágica, mas tomando cerveja.

Max

24/08/2022 - 22h01

Quem viu esse site não acredita na linha q está tomando.

O cara nem treme.

Pro Rosário o melhor é o conchavo dessa corja petista .

Isso aqui acabou !
Não vale mais ler isso aqui não.

Até nunca mais !!

Bruno dias

24/08/2022 - 21h55

Péssima análise.
Quer dizer que governar com o parlamento é entregar o governo pro centrão, e ainda por cima as mesmas pessoas. Exige que Ciro detalhe em uma entrevista seu projeto de mudança na política econômica, mas apoiam o Lula apesar de não ter um projeto pro país.

Na verdade não precisa, vai fazer o que fez no seu governo: entregar o banco central prós banqueiros, pra manterem a Selic nas alturas e apreciar o câmbio para controlar a inflação, e fazer um bolsa família.

EdsonLuiz

24/08/2022 - 21h52

Vou começar com um FATO sobre as coisas da Operação Lava-Jato:

O presidente do TRF-4 à época declarou que os advogados de defesa de Lula deram entrada, considerando apenas o processo do TRÍPLEX, com centenas –sim, centenas– de recursos nas diversas instâncias às quais o acusado tinha direito de recorrer, sendo que em nenhum desses recursos Lula recorria contra as provas, apresentando recursos apenas quanto aos ritos, as questões subsidiárias dos processos.

Essa declaração do presidente do TRF-4 NUNCA foi desmentida por Lula e por seus advogados!

Lula é um perseguido por toda a imprensa profissional, um perseguido por todas essas instâncias do judiciários onde ele NUNCA recorreu das provas, só recorrendo dos ritos subsidiárias do processo e é perseguido por todos nós que esperamos que as acusações se definissem para só então nos posicionarmos quanto à sua culpa no roubo de bilhões de recursos que deveriam estar sendo aplicados em pesquisa, educação, desenvolvimento, combate à fome e geração de empregos e somos nós aos milhões, imprensa não partidária, judiciário e eleitores os milhões e milhões de criminosos…

…ou Lula é culpado realmente do roubo de bilhões de recursos públicos em conluio com a grande parte da cúpula dirigente do PT, em conluio com os Oderbrecht, com OAS, com muitos emedebistas, gente do PP, do PL, e tantos e tantos criminosos, criminosos esses que só foram punidos parcialmente, na minha opinião, pela dor que causaram ao Brasil e à sua imagem, aos pobres, aos trabalhadores em geral, à Petrobras, à economia brasileira e a tudo?

Preciso interromper, mas volto!

Claudio Edmar Kommers

24/08/2022 - 19h40

Texto brilhante,,repassem para mais pessoas..

Ugo

24/08/2022 - 19h07

Como se Ciro Gomes ou outro alguém fosse propriedade do Petralhume…

Antonio Cesar perin

24/08/2022 - 19h01

Escuta uma coisa!! O Ciro Gomes não deve nada ao PT…O PT que deve satisfação ao Brasil..Primeiro de deixar de ser esquerda infantilóide………….E vamos ler Francisco Oliveira….Ele vai falar quem foi o maior Presidente: GETULIO DORNELES VARGAS.. O PETISMO fez politica compensatoria..GETULIO fez UM GOVERNO ESTRUTURANTE

Jonathan

24/08/2022 - 18h44

A sengaçào de impotos é o que faz as economias girar.

Gustavo Costa Lima

24/08/2022 - 17h55

Inteligente análise do Rosário, deslindando as camadas dos sonhos mirabolantes de Ciro. Até reconheço as virtudes de Ciro, mas sua atitude rancorosa, ambígua e arrogante dificulta até mesmo o reconhecimento de seus valores.

Carlos Bananaro

24/08/2022 - 17h45

Lula e o PT sequestraram e estupraram o Brásil por quase 2 décadas, compraram o Congresso (a democracia) com dinheiro roubado aos brasileiros para poder ficar no poder… existe imundícia maior que essa ?

E são os que se querem vender como detentores da democracia… não passam de canalhas que usam a tragédia Brasileira para chegar no poder e possivelmente nunca mais sair.

Que a gente no ano de 2022 precise novamente lidar com um receptáculo de vermes como esse é clara demostração do atraso civil e cultural do Brasil.

Bruno Wagner

24/08/2022 - 16h52

O artigo sofre a IA de tributação do governo russo não ficou linkado.

Encontrei no Google, https://www.ocafezinho.com/2020/01/28/usando-inteligencia-artificial-russia-reduz-sonegacao-de-20-para-1/

Achei bem interessante, parabéns, Miguel!

Diogo Pitta

24/08/2022 - 16h19

Lamentável como a mídia “alternativa” é facilmente cooptada pelo Partido dos Trabalhadores

Alexandre Neres

24/08/2022 - 16h01

Está cada vez mais difícil de estabelecer a distinção entre bolso e cirominions, saber quem é quem.

O texto está muito bem redigido e só poderia ter sido escrito por alguém que conhece o cirismo de dentro.

    Tiago Silva

    25/08/2022 - 00h00

    Não vi reparos a ser feito no texto do Miguel do Rosário, apenas tenho o entendimento diferente em relação ao plebiscito.

    Óbvio que fazer plebiscitos nesse momento atual que Bolsonaro tem um grande poder de comunicação, engajamento, financiamento empresarial e capacidade de produzir fakenews é inoportuno…

    Porém poderia ser um instrumento de pressão ao CN (que tende a ser formado por boa parte dos congressistas atuais que se aproveitam da ilegalidade e corrupção do “orçamento secreto” em suas bases eleitorais)… tanto para que não se autolimite as propostas estruturais da esquerda (podando tanto que não sobra nem a essência da proposta – inclusive até porque já existem propostas prontas e bem feitas por entidades competentes como a Reforma Tributária Solidária da Anfip ou Taxação de Super-Ricos do IJF ou Revisão de Subsídios da Unafisco ou medidas legislativas do Sindifisco ou propostas de Revisão Trabalhistas pelo Sinait ou Reforma Política proposta pela OAB ou outras propostas de outras entidades), assim como também pressiona a aprovarem ou se poderia dar um “bypass” para se mudar as estruturas brasileiras (ironicamente assim como outros países sulamericanos tentam fazer ante imperialismo e sabujices das elites locais).

William

24/08/2022 - 15h43

Esse texto é pura apologia ao autoritarismo, vergonhoso.

Luan

24/08/2022 - 15h38

Esperneia mais Miguel do Larápio que lindo. ..kkkkkkk

Zulu

24/08/2022 - 15h31

Grande Cirolipa, desce a lenha nesses vermes comunistoides enrustidos !!

Lula é uma merda humana, todos os petistoides sabem muito bem do que acontecia no governo dele e que foi pego com as mãos na Nutella e pluricondentado mais de uma vez.

Lembro muito bem do Miguel começar a apontar os crimes do PT e de Lula quando Lula estava na cadeia e começando a olhar para o Cirolipa… de repente tudo mudou. Os amigos do STF descondenaram o padrinho e o colocaram onde está em troca da liberdade nós últimos anos de vida.

E pensam de ganhar as eleições apresentando uma carcaça de lavador de dinheiro público aos brasileiros como se tivesse caído do céu no colo de Maria Madalena antes de ontem ?

Uma imundícia dessa é demais até para o padrão Brasileiro de civilização.

Saíam do atraso ideológico que passou da hora, estamos em 2022.

marco

24/08/2022 - 15h25

Petezada pode espernear a vontade pois não terão mais o voto dos apoiadores do Ciro, “NUNCA MAIS “.

Kleiton

24/08/2022 - 15h20

“Simplesmente não há provas que Lula tenha cometido, em qualquer momento de sua vida, um ato de corrupção.”

Você brinca com a cara das pessoas de graça e com quem o condenou em todas as instâncias do judiciário de graça, isso não é bom.


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