Nos EUA, deputados querem a deportação de Bolsonaro e investigação do FBI

Imagem: Reprodução

Nesta quinta-feira, 12, cerca de 46 deputados federais do Partido Democrata enviaram ao presidente dos EUA, Joe Biden, um ofício que exige a revogação de qualquer visto que garante a permanência de Jair Bolsonaro em solo norte-americano.

Além da deportação, os parlamentares também solicitam a investigação do FBI sobre uma possível articulação golpista de Bolsonaro nos Estados Unidos e que resultou nos atos terroristas em Brasília no último domingo, 8. 

No documento, os deputados avaliam os atos golpistas de terroristas bolsonaristas, contra os Três Poderes, como  “ilegal e violento” e que “foi construído sobre meses de invenções pré e pós-eleitorais do Sr. Bolsonaro e seus aliados, alegando que a eleição presidencial de 30 de outubro havia sido roubada”.

“O Sr. Bolsonaro voou para a Flórida antes do final de seu mandato (…) e estamos preocupados com os relatos de que ele atualmente reside em Orlando. Os EUA não devem dar abrigo a ele ou a qualquer autoritário que tenha inspirado tamanha violência contra as instituições democráticas”, diz um trecho do pedido.

“Segundo nosso entendimento, já que o Sr. Bolsonaro entrou nos Estados Unidos quando ainda era presidente do Brasil, ele pode ter feito isso com um visto A-1, que é reservado para indivíduos em visitas diplomáticas ou oficiais. Como ele não é mais o Presidente do Brasil e tampouco exerce atualmente o cargo de oficial brasileiro, solicitamos que reavalie sua situação no país para verificar se há base legal para sua estada e revogue qualquer visto diplomático que ele possa possuir”, prossegue.

Por fim, os congressistas comparam os atos golpista em Brasília com o que aconteceu no Capitólio, em janeiro de 2021, por fanáticos trumpistas. “Dois anos atrás, os EUA enfrentaram um ataque semelhante à nossa democracia. Conhecemos em primeira mão o impacto — imediato e de longo prazo — quando funcionários do governo subvertem as normas democráticas, espalham desinformação e fomentam o extremismo violento”.

Cláudia Beatriz:
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