Em julho do ano passado, durante uma entrevista para a Revista Fórum, o hacker Walter Delgatti fez uma série de declarações elogiosas sobre Lula e ainda criticou a ascensão do bolsonarismo pelas mãos da lava jato.
Em um momento da entrevista ele declarou:
“o lavajatismo trouxe o bolsonarismo. Se não fosse o fato de o ex-presidente [Lula] ter sido preso… segundo as pesquisas ele teria ganhado [a eleição de 2018]. As pessoas passaram a falar o que antes não falavam, saíram da caixinha, o discurso de ódio. Eu vejo que vai ser difícil tirá-lo”.
Ao término da entrevista, um internauta perguntou ao hacker em que ele votaria naquele pleito E então ele declarou:
“O Walter de hoje, sem dúvidas, vota no Lula, e não só voto, como peço que votem no Lula, faço campanha. Vou apertar 13”
Durante a entrevista, quem assistia pedia efusivamente uma chave pix para realizar doações para Walter e que foi divulgada durante o programa.
13 dias após a entrevista, a campanha de Jair Bolsonaro procurou hacker que vazou diálogos da Lava Jato para saber sobre segurança das urnas eletrônicas, segundo o seu advogado na ocasião.
Mais de 20 dias após o encontro, Delgatti teria articulado o que seria um rascunho de uma operação clandestina que tinha como objetivo grampear o Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Delgatti, segundo a denúncia da revista Veja, chegou a procurar um funcionário da operadora de telefonia TIM e ofereceu a ele dinheiro para que ajudasse no grampeamento ilegal do ministro.
O funcionário se negou a participar do esquema criminoso.