Na corda bamba política: aliados buscam apoio para a aprovação da nova regra fiscal

EBC

Após uma intensa mobilização política, líderes de partidos aliados ao governo demonstraram satisfação com os resultados da pressão pela liberação de recursos das emendas parlamentares. A estratégia, segundo o blog de Valdo Cruz, do G1, abriu o caminho para a aprovação da nova regra fiscal, considerada o projeto mais relevante do mandato de Lula em tramitação no Congresso Nacional.

A ordem para a liberação dos recursos partiu diretamente do presidente, que atendeu às cobranças do acordo feito durante a votação da PEC da Transição. O Palácio do Planalto reagiu prontamente, acelerando o empenho de recursos destinados às emendas de deputados e senadores. O governo, em apenas dois dias, já destinou R$ 1,6 bilhão, cerca de 70% do orçamento.

A demora recebeu críticas e acabou sendo um dos fatores determinantes para a derrota do governo em uma votação sobre o marco do saneamento básico.

Líderes de partidos aliados destacaram, nesta quinta-feira (11), que o Palácio do Planalto percebeu a situação e se espera que os acordos sejam efetuados. “Não se trata de uma barganha política. Como membros do governo, temos o direito de participar da execução das obras que integramos”, afirmou um líder aliado em entrevista ao blog.

Agora, a expectativa é que as votações de interesse do Planalto ocorram o quanto antes. A primeira, prevista para semana que vem, será a aprovação da nova regra fiscal, considerada crucial para gerar confiança nos investidores, impulsionar os investimentos e estimular o crescimento econômico do país. Atualmente, as previsões do mercado indicam um crescimento abaixo de 1%, enquanto o governo pretende atingir 1,5%.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), conduzirá, na segunda (15), uma reunião com líderes para definir o calendário de votação da nova demanda. Durante o encontro, o relator da proposta, Cláudio Cajado (PP-BA), deve mostrar um esboço de seu relatório, que terá medidas de redução de despesas caso o governo não alcance suas metas fiscais.

O governo está otimista em iniciar o processo de votação na próxima semana, visando finalizá-lo até quinta-feira (18), ou no início da semana seguinte. Com essa agenda, espera-se que o Senado aprove o texto antes do recesso parlamentar, ainda em junho.

Clarice Candido:
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