Ministério Público de SP abre inquérito para investigar gritos homofóbicos da torcida do Corinthians

Imagem: Danilo Fernandes/Meu Timão

O Ministério Público de São Paulo abriu, nesta segunda-feira(15), um inquérito para investigar os gritos homofóbicos que foram registrados no último domingo(14), na partida entre Corinthians e São Paulo, válida pela 6ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro.

Durante o segundo tempo do jogo, o árbitro Bruno Arleu de Araújo interrompeu a partida por quatro minutos, após a torcida do Corinthians entoar “Vamos, Corinthians, dessas bichas teremos que ganhar”. O ato foi relatado na súmula da partida.

“Informo que aos 18 minutos do 2 tempo paralisei a partida por 2 minutos devido gritos homofóbicos da torcida “Vamos, Corinthians, dessas bichas teremos que ganhar” sendo informado no som e no telão do estádio para que os gritos cessassem, mesmo assim, a torcida continuou gritando efusivamente e, após os gritos cessarem, a partida foi reiniciada. Fato esse comunicado ao delegado da partida e ao chefe do policiamento”, destacou a súmula do jogo. 

Um aviso chegou a ser colocado no telão pedindo a interrupção dos gritos. “É proibido emitir cânticos discriminatórios, racistas, homofóbicos ou xenófobos”. Em seguida, a torcida Corinthiana aumentou a intensidade dos gritos homofóbicos.

O processo de apuração será feito pelo Grupo Especial de Combate aos Crimes Raciais e de Intolerância (Gecradi), do Ministério Público de São Paulo, que atua na prevenção e repressão de crimes de preconceito e intolerância.

Desportivamente, o clube poderá ser punido com a perda de três pontos no campeonato. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) informou que irá denunciar a equipe Paulista. 

Raphael Lacerda: Raphael Lacerda é estudante de jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Atualmente, escreve sobre esportes, política e participa da cobertura do carnaval carioca.
Related Post

Privacidade e cookies: Este site utiliza cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com seu uso.