Moraes encaminha à PF pedido de investigação contra presidente da CPI do MST

Foto: Evaristo Sá/AFP; Câmara dos Deputados

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, encaminhou à Polícia Federal o pedido de investigação contra o deputado do Rio Grande do Sul, o tenente-coronel Zucco (Republicanos-RS).

O deputado, que ocupa a posição de presidente da CPI do MST, será investigado por envolvimento nos atos extremistas contra as eleições presidenciais do final de 2022.

“O Deputado Federal do Rio Grande do Sul, Tenente Coronel Zucco, estaria perpetrando crimes mediante patrocínio e incentivo a atos antidemocráticos, seja em território gaúcho, seja na cidade de Brasília/DF”, informou Alexandre de Moraes em petição.

As publicações feitas por Zucco em outubro e novembro de 2022, antes da posse na Câmara, também foram encaminhadas ao STF pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) a pedido do MPF em razão do foro privilegiado do parlamentar.

Em nota ao R7, a assessoria do tenente-coronel se diz surpresa com a solicitação da retomada da investigação. Zucco afirma que o “sensacionalismo” de alguns veículos de informação em relação às postagens nas redes sociais no ano passado só querem “requentar a pauta já há muito tempo esclarecida”.

“Trata-se de uma tentativa de cercear o pleno exercício de minha atividade parlamentar, isso sim atitude daqueles que não possuem apreço pelo Estado Democrático de Direito”, continua.

O militar assegura estar tranquilo quanto à investigação e certo de que a PF não encontrará crime ligado a ele nos atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro ou em períodos anteriores.

Ao final, Zucco diz que continuará investigando as invasões de propriedades privadas dos membros do MST, pauta vigente na CPI, e seguirá exercendo seu mandato no Congresso seguindo a Constituição Federal.

O ministro Alexandre de Moraes afirma que a suposta participação do deputado nos atos contra a democracia foi feita ao Ministério Público Federal. Os autos serão encaminhados à PF “para continuidade das investigações”.

Letícia Souza:
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