Marina reivindica direito do governo de moldar próprio caminho: ‘Sou de luta e paz’

Marina Silva, ministra do Meio Ambiente. Imagem: Kelly Fuzaro / Band

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, expressou sua disposição para o diálogo com o Congresso Nacional sobre os trechos de uma Medida Provisória (MP) que propõe transferir atribuições de pastas do governo para outras áreas. As falas ocorrerão durante uma entrevista à CNN Brasil, nesta sexta-feira (26), após uma reunião com o presidente Lula (PT) e a ministra Sonia Guajajara, responsável pelos assuntos relacionados aos Povos Indígenas.

“Em uma democracia, nós dialogamos. Eu estou preparada para o diálogo. Sou uma mulher de luta e de paz. Como disseram os ministros Padilha, das Relações Institucionais, e Rui Costa, da Casa Civil, mais cedo, a política ambiental e a proteção dos povos indígenas estão no coração do governo. Por isso, vamos trabalhar no diálogo para, até a votação, recompor determinadas pautas e estruturas”, declarou a ministra.

Em meio às disputas no Congresso em relação à MP, que motivaram a intervenção de Lula nesta sexta-feira com o intuito de ajustar o discurso e buscar uma solução em conjunto com os parlamentares, Marina ressaltou que a eleição de 2022 definiu um projeto político e o governo tem o direito legítimo de implementar o programa eleito nas urnas.

“O governo tem o direito de estabelecer as estruturas par fazer a gestão desse governo. Nesse momento, há um esforço grande para manter o (texto) que foi a MP aprovada pelo presidente Lula no primeiro dia de governo”, afirmou Marina.

Na manhã desta sexta, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, comentou que o governo irá trabalhar em conjunto com o Congresso para restaurar o escopo original da MP, indo na direção oposta ao relatório apresentado pelo deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL), que resultou na diminuição das atribuições dos ministérios dos Povos Indígenas e do Meio Ambiente. Marina e Guajajara, após a reunião, optaram por não fazer declarações.

Clarice Candido:
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