CPI dos atos golpistas já recebeu 48 pedidos de quebra de sigilo

Imagem: Joedson Alves/Agência Brasil

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), criada para investigar os ataques golpistas do dia 8 de janeiro, recebeu 48 pedidos de quebra de sigilo, em menos de 48 horas desde que foi instalada.

Os pedidos de quebra de sigilo incluem acessos bancários, fiscais, telefônicos e telemáticos — reunião de todos os dados contidos em dispositivos eletrônicos, como celulares, permitindo o acesso às mensagens contidas em aplicativos de conversas, por exemplo.

Grande parte das quebras de sigilo foram solicitadas pelo PT e PDT. O PSDB fez dois pedidos.

Foram solicitadas quebras de sigilo de:

  • Jair Bolsonaro, ex-presidente
  • Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro
  • Ailton Barros, ex-militar próximo de Mauro Cid
  • Gonçalves Dias, ex-ministro do GSI do governo Lula
  • José Eduardo Natale, ex-coordenador de Segurança das Instalações Presidenciais de Serviço do GSI
  • George Washington de Oliveira Sousa, um dos envolvidos na tentativa de explodir um caminhão de combustível em Brasília
  • Wellington Macedo de Souza, outro envolvido na tentativa de explodir o caminhão
  • Alan Diego dos Santos Rodrigues, também envolvido no caso dos explosivos

Os mais de 48 pedidos de quebra de sigilo que a CPI recebeu ainda vão precisar ser aprovadas pelo plenário, composto por 32 parlamentares, sendo 16 deputados e 16 senadores.

O senador Rogério Carvalho (PT-SE), responsável pela solicitação da quebra de sigilo dos celulares de Jair Bolsonaro e Mauro Cid, disse que é “essencial” ter acesso aos dados, já que Bolsonaro utilizou das redes sociais como “instrumento de desinformação e prática de atos ilícitos”.

“Nessa linha, é importante que tenhamos acesso a uma das ferramentas que possibilitou essas postagens: o celular do ex-presidente”, pontuou o senador.

A comissão parlamentar mista de inquérito sobre o 8 de janeiro vai investigar a motivação por trás dos ataques e busca encontrar os mandantes. O STF investiga os participantes e já tornou réu mais de 550 pessoas.

Clara Machado:
Related Post

Privacidade e cookies: Este site utiliza cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com seu uso.