Dallagnol tem depoimento adiado à PF sobre ataque ao TSE

Imagem: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

O ex-procurador Deltan Dallagnol afirmou ter sido intimado a prestar depoimento como investigado devido a declarações feitas em uma entrevista sobre sua atividade parlamentar. Durante a entrevista, Dallagnol alegou que ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) teriam votado pela sua cassação movidos por interesses políticos. Agora, ele enfrentará questionamentos e terá a oportunidade de esclarecer suas declarações perante as autoridades competentes.

Dallagnol alega ter exercido “seu direito” e estar “protegido por sua imunidade sobre opiniões e palavras”. O deputado afirma estar impedido de fornecer mais detalhes sobre a investigação devido ao sigilo decretado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em relação ao procedimento.

A decisão do TSE pela cassação de Dallagnol foi emitida em 16/5, mas, devido a questões regimentais da Câmara, ele ainda mantém o mandato. A Corte cassou o registro de sua candidatura a deputado federal.

A questão ocorreu pois, segundo os ministros do TSE, Dallagnol pediu exoneração do cargo de procurador do Ministério Público para evitar um julgamento no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), o que poderia impedi-lo de concorrer nas eleições de 2022.

Depois da cassação, Dallagnol foi ao salão verde da Câmara dos Deputados e criticou membros dos três Poderes. Ele se considera vítima de uma conspiração envolvendo pessoas a quem chama de corruptas, citando o presidente Lula (PT), ministros do Supremo Tribunal Federal(STF) e ex-membros do Parlamento.

“O sistema de corrupção, os corruptos e seus amigos estão em festa. Gilmar Mendes está em festa, Aécio Neves está em festa, Eduardo Cunha está em festa, Beto Richa está em festa. […] É um dia de festa para os corruptos, é um dia de festa para Lula”, afirmou.

Clarice Candido:
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