Apostas esportivas: TJ de Goiás investiga sete jogadores por manipulação em partidas

Foto: Reprodução

O Tribunal de Justiça de Goiás tornou réus sete jogadores e outras sete pessoas acusadas de envolvimento em esquemas de manipulação em partidas de futebol, investigados pela Operação Penalidade Máxima. A decisão do juiz Alessandro Pereira Pacheco, da 2ª Vara de Repressão ao Crime Organizado e Lavagem de Capitais, foi tomada nesta quarta-feira (26).

O Ministério Público (MP-GO) havia indicado todas as 14 pessoas por supostamente manipular 13 resultados de apostas em jogos da série A do Brasileirão de 2022. Os réus foram denunciados por dois artigos, são eles:

198: Solicitar ou aceitar, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem patrimonial ou não patrimonial para qualquer ato ou omissão destinado a alterar ou falsear o resultado de competição esportiva ou evento a ela associado. Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.

199: Dar ou prometer vantagem patrimonial ou não patrimonial com o fim de alterar ou falsear o resultado de competição esportiva ou evento a ela associado. Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.

Entre os atletas acusados, estão Dadá Belmonte, jogador do América-MG; Alef Manga, do Coritiba, já afastado do clube; Igor Carius, do Sport; Jesus Trindade, jogador uruguaio, ex-Coritiba; Pedrinho, ex-Athletico-PR, atualmente no Shakthar; Sidcley, ex-Cuiabá e hoje no Dínamo de Kiev; e Thonny Anderson, que joga no ABC.

Outros acusados que também responderão aos crimes previstos na Lei Geral do Esporte (LGE): Bruno Lopez de Moura, conhecido como  BL, já preso por suspeita de chefiar organização de apostadores; Cleber Vinicius Rocha Antunes da Silva, empresário chamado de Clebinho Fera,  Ícaro Fernando Calixto dos Santos, Romário Hugo dos Santos (o ex-jogador Romarinho), Thiago Chambó Andrade, Victor Yamasaki Fernandes (conhecido como Vitinho).

Na última terça (25), o governo federal determinou a medida provisória que inicia a regulamentação das apostas esportivas, chamadas de bets. A lei tem um potencial de arrecadação de até R$ 12 bilhões nos próximos anos, uma vez que a MP prevê uma taxa de 18% para o mercado de apostas.

Letícia Souza:
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