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A crise política e os protestos em Bangladesh

Al Jazeera – As ruas de Bangladesh têm presenciado manifestações recorrentes contra o atual governo. O Partido Nacionalista de Bangladesh (BNP) lidera os atos que pedem a renúncia da atual primeira-ministra do país, Sheikh Hasina, em meio ao aumento da inflação e do custo de vida no país. Segundo o partido, dezenas de seus apoiadores […]

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Foto: Montagem (Pexels/Munir uz Zaman-AFP)

Al Jazeera – As ruas de Bangladesh têm presenciado manifestações recorrentes contra o atual governo. O Partido Nacionalista de Bangladesh (BNP) lidera os atos que pedem a renúncia da atual primeira-ministra do país, Sheikh Hasina, em meio ao aumento da inflação e do custo de vida no país. Segundo o partido, dezenas de seus apoiadores ficaram feridos durante os protestos por conta da repressão policial e mais de 120 pessoas foram presas.

A turbulência atual é uma das crises políticas mais sérias que Hasina e seu partido, Liga Awami, enfrentaram nos últimos anos. Mas qual o motivo da crise em Bangladesh?

Crise

O BNP quer que a primeira-ministra, Sheikh Hasina, renuncie e que a próxima eleição, prevista para janeiro de 2024, seja realizada sob um governo provisório neutro.

Durante um comício na sexta-feira (28), o secretário-geral do BNP, Mirza Fakhrul Islam Alamgir, disse que não havia espaço para “ter qualquer eleição justa sob este governo”.

“Todas as instituições importantes do país foram destruídas e os direitos das pessoas foram retirados. Os aumentos de preços de todos os itens essenciais tornou a vida das pessoas miserável”, disse Alamgir a seus apoiadores.

A líder do BNP e ex-primeira-ministra de Bangladesh, Khalida Zia, cumpre pena de prisão domiciliar por acusações de corrupção. Em declaração ao portal DW, Mirza Alamgir, disse que “O caso foi totalmente fabricado. A intenção principal sempre foi tirar Zia das eleições. Isso é resultado de uma vingança política da atual primeira-ministra.”. Zia já acusou Hasina de fraude eleitoral em 2014 e 2018. O Partido Liga Awami negou todas as acusações.

Hasina mantém um governo rígido desde que chegou ao poder em 2009. Ela é acusada de exercer um mandato autoritário, de cometer abusos relacionados aos direitos humanos e de suprimir a liberdade de expressão de oposicionistas. Além disso, suas forças de segurança tem sido acusadas de promover sequestros e de executar líderes e simpatizantes da oposição

Posição do governo

Até o momento, o governo rejeitou as exigências da oposição, dizendo que a instituição de um governo provisório era inconstitucional.

Em 2011, a Suprema Corte do país sul-asiático derrubou um dispositivo constitucional que permitia que um governo em exercício transferisse o poder para uma administração interina não-partidária e não eleita para supervisionar uma nova eleição parlamentar.

Reação internacional

“As pessoas devem ser livres para protestar e discordar. Ao abafar suas vozes, o governo está sinalizando que ter visões políticas diferentes não é tolerado no país”, disse o ativista Yasasmin Kaviratne para a Anistia Internacional. Ele também pediu que a polícia “exerça moderação” ao lidar com manifestantes.

No início desta semana, 14 parlamentares dos EUA escreveram ao embaixador do país na ONU pedindo que o governo de Bangladesh realizasse eleições livres e participativas, já que os dois últimos pleitos foram marcadas por alegações de fraude eleitoral. Segundo os congressistas, seria ideal que as eleições fossem mediadas pela ONU e por partidos neutros.

O governo de Bangladesh, em resposta, acusou os EUA e seus aliados ocidentais de intervirem nos assuntos internos do país.

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