Haddad critica Copom e aponta falta de pluralidade na decisão sobre juros

Imagem: Febraban

Neste sábado (29), o ministro da Economia, Fernando Haddad, fez declarações contundentes sobre o Comitê de Política Monetária (Copom) e as perspectivas de corte na taxa de juros Selic. Haddad afirmou que o Copom é considerado “conservador”, “pouco plural” e “monolítico”, apontando a falta de diversidade de opiniões em suas decisões.

O ministro destacou que o governo está em busca de levar diferentes pontos de vista ao Copom, e essa iniciativa se concretizou com a troca de diretores no Banco Central. Gabriel Galípolo e Ailton Aquino assumiram como chefes da diretoria de Política Monetária e de Fiscalização do Banco Central, respectivamente, e participarão de sua primeira reunião no comitê na próxima semana.

Haddad reforçou sua expectativa de que seja iniciado “o ciclo de cortes” na taxa Selic, que atualmente está em 13,75% ao ano. Diante dos recentes indicadores econômicos, o ministro e aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) têm pressionado o Copom por uma redução na taxa de juros.

O ministro destacou a relevância dessa medida, afirmando que o espaço para a queda na taxa de juros é “bastante considerável”. Haddad ponderou que um corte de 0,5 ponto percentual na Selic teria mais impacto no investimento a curto prazo do que no consumo, mas enfatizou que esse movimento é importante para reposicionar os agentes econômicos.

Além disso, o ministro mencionou a reforma tributária e a intenção de enviar ao Congresso Nacional detalhes sobre a alíquota padrão do futuro Imposto sobre Valor Agregado (IVA) com as exceções que foram incluídas na proposta. Ele busca dar “clareza” ao Congresso em relação às exceções e seus respectivos custos, para que os benefícios concedidos a setores específicos estejam justificados de forma adequada.

Na mesma entrevista à TV GGN, Haddad também falou sobre a tramitação do Projeto de Lei (PL) das fake news, ressaltando a importância de encontrar o equilíbrio entre liberdade de expressão e responsabilização para combater a disseminação de informações falsas.

O governo segue com suas ações e perspectivas para impulsionar a economia, enfrentando desafios e buscando soluções para os temas cruciais para o país. A atuação do Copom e as medidas adotadas para o corte na taxa de juros estarão em foco nas próximas semanas, à medida que o país busca avançar em sua recuperação econômica.

Clara Machado:
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