Diferente de Jair Bolsonaro, que abandonou uma agenda estratégica de relações internacionais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não teve medo e saiu em defesa do BRICS. O chefe de estado centrou sua defesa no protagonismo do bloco que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Durante seu discurso no Fórum Empresarial do BRICS, Lula destacou que o bloco de países já ultrapassou o G7 no que diz respeito a participação no Produto Interno Bruto (PIB) global, representando 32% do PIB mundial em paridade do poder de compra. Para fazer sua afirmação, o presidente brasileiro usou os dados do próprio Fundo Monetário Internacional (FMI).
“O Brics já ultrapassou o G7, e responde por 32% do PIB mundial em paridade do poder de compra. As projeções indicam que os mercados emergentes e em desenvolvimento apresentarão maior índice de crescimento nos próximos anos, previsto para 4% neste ano e no próximo Enquanto isso, os países industrializados devem desacelerar seu crescimento de 2.7%, em 2022, para 1.4% em 2024”, explicou Lula.
“Isso mostra que o dinamismo da economia está no Sul Global e o BRICS é sua força motriz”, prosseguiu o chefe de estado.
Na sequência, Lula lembrou que o BRICS vai além das relações comerciais, é também um canal de diálogo e cooperação entre os países do bloco e que busca um mundo com mais justiça e solidariedade.
“O Brics não é contraponto ao G7, nem ao G20, nem contra ninguém. Queremos nos organizar enquanto Sul Global, uma coisa que não existia antes. Somos importantes no debate global, sentando na mesa de negociação, em pé de igualdade com a União Europeia e os Estados Unidos”, enfatiza.
“Precisamos criar um mundo mais justo, mais solidário. O que a gente precisa fazer, nesse instante, é acabar com a fome no planeta Terra. É permitir que todo mundo viva dignamente. Temos dinheiro para isso. Precisamos de disposição política. O Brics tem essa simbologia: criar um organismo novo, forte, para melhorar o mundo”, finaliza.
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