O ano de 2023 ainda pode nos reservar momentos históricos. Isso porque esse ciclo anual pode ser fechado com a economia estável, o governo Lula apresentando resultados positivos já no primeiro ano, o Brasil prestigiado internacionalmente, e com expoentes da extrema-direita finalmente pagando pelos seus crimes.
Naturalmente, falo em especial do ex-presidente Jair Bolsonaro que pode ser preso, há qualquer momento, pelas inúmeras evidências de que chefiou uma organização criminosa de dentro do Palácio do Planalto. Cito também o ex-juiz parcial e atual senador, Sérgio Moro (União-PR), que poderá ser julgado pelo TRE do Paraná por abuso de poder ecônomico e, consequentemente, ter o seu mandato cassado.
Nos últimos dias, o clã Bolsonaro aumentou o seu medo e ranger de dentes com a possibilidade real da Polícia Federal encontrar, nos quatro celulares do advogado Frederick Wassef, uma farta quantidade de provas criminais, especialmente contra o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que era o mais próximo de Wassef.
Além disso há fortes indícios de que o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, preso desde maio, fechou um acordo de colaboração com a Polícia Federal na investigação que apura o escândaloso caso das joias sauditas.
Vamos lembrar que na última segunda-feira, 28, o ex-ajudante de ordens prestou um depoimento que durou mais de 10 horas na sede da PF, em Brasília. Nos bastidores e no entorno do ex-presidente, a avaliação é que Mauro Cid já começou a colaborar com a investigação. Confirmada essa colaboração, é questão de tempo para a prisão de Bolsonaro.
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Já para Sérgio Moro, o futuro também é sombrio. Nesta terça-feira, 29, o jornalista Esmael Morais publicou em seu blog que o julgamento do ex-juiz parcial no TRE paranaense já tem data marcada. De acordo com a apuração do jornalista, Moro será julgado no próximo dia 27 de novembro.
É bom destacar que o relator do caso é o desembargador Dartagnan Serpa Sá. Seu mandato se encerra em 14 de dezembro e, na minha opinião, o desembargador pode encerrar sua carreira com chave de ouro.
Vale lembrar que Moro é alvo de ações do PL e do próprio PT pelas práticas de crimes eleitorais como Caixa 2 e abuso de poder ecônomico. Com a cassação do ex-juiz da Lava Jato, haverá eleição suplementar para o Senado no Paraná. Tudo indica que a atual deputada federal e presidente do PT, Gleisi Hoffmann, entre na disputa para a vaga deixada por Moro.