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Desempenho de Haddad na economia abre caminho para sucessão de Lula

O notável desempenho do ex-Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem gerado discussões sobre sua possível candidatura à presidência, sucedendo o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conforme destacado por economistas, parlamentares e cientistas políticos. Em uma entrevista ao GLOBO, Haddad reconheceu que o nome de Lula é um consenso no Partido dos Trabalhadores (PT) […]

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Valter Campanato / Agência Brasil

O notável desempenho do ex-Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem gerado discussões sobre sua possível candidatura à presidência, sucedendo o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conforme destacado por economistas, parlamentares e cientistas políticos.

Em uma entrevista ao GLOBO, Haddad reconheceu que o nome de Lula é um consenso no Partido dos Trabalhadores (PT) para as eleições de 2026. No entanto, ele também alertou que o partido precisa começar a se preparar para uma transição inevitável, que surgirá na eleição subsequente.

Haddad negou qualquer aspiração ao cargo, salientando que sua candidatura à presidência em 2018 ocorreu devido a circunstâncias excepcionais, visto que Lula estava detido naquele momento. Ele também ironicamente refutou críticas feitas por membros do PT nas redes sociais à condução da política econômica, destacando a redução da inflação e o aumento do emprego como resultados positivos do governo de Lula.

Este debate sobre a sucessão presidencial é um sinal de que o cenário político brasileiro está em constante evolução, com importantes líderes e economistas analisando atentamente os desenvolvimentos futuros.

Confira os principais trechos da entrevista!

O senhor teve atuação decisiva para o governo este ano com a aprovação da agenda econômica no Congresso. Muita gente diz que isso o coloca como possível sucessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Como avalia essa ideia?

Acredito que existe consenso dentro do PT e da base aliada sobre a candidatura do presidente Lula em 2026. Na minha opinião, é uma coisa que está bem pacificada. Não se discute.

Mas em algum momento o presidente precisará de um sucessor.

O Lula foi três vezes presidente. Provavelmente, será uma quarta.

Ao mesmo tempo que é um trunfo ter uma figura política dessa estatura por 50 anos à disposição do PT, também é um desafio muito grande pensar o day after.

Eu não participo das reuniões internas sobre isso. Mas, excluído 2026, o fato é que a questão vai se colocar. E penso que deveria haver uma certa preocupação com isso.

Porque a natureza da liderança do Lula é diferente da de outros fenômenos eleitorais. O bolsonarismo tem uma dinâmica muito diferente.

O senhor pensa na possibilidade de um dia ser sucessor do presidente Lula?

Eu não penso. E só passou pela minha cabeça em 2018 porque era uma situação em que ninguém queria ser vice do Lula. E aí, um dia, ele falou: “Haddad, acho que vamos sobrar só nós dois”. Dentro da cadeia. Eu disse: “Pense bem antes de me convidar, porque vou aceitar”. E acabou acontecendo.

Mas era um momento particular. Eu próprio me engajei na sensibilização do Ciro Gomes e do Jaques Wagner para que eles fossem vice. Porque entendia que eram figuras mais consensuais. Sobretudo o Jaques Wagner dentro do PT.

O PT aprovou recentemente um documento que fala de ‘austericídio’ (suicídio econômico por políticas de cortes de gastos), de uma corrente encampada pela presidente Gleisi Hoffmann. Quem faz mais oposição hoje ao senhor, o PT ou o ministro da Casa Civil, Rui Costa?

Olha, é curioso ver os cards que estão sendo divulgados pelos meus críticos sobre a economia, agora por ocasião do Natal. O meu nome não aparece. O que aparece é assim: “A inflação caiu, o emprego subiu. Viva Lula!” E o Haddad é um austericida.

Então, ou está tudo errado ou está tudo certo. Tem uma questão que precisa ser resolvida, que não sou eu que preciso resolver.

Não dá para celebrar Bolsa, juros, câmbio, emprego, risco-país, PIB que passou o Canadá, essas coisas todas, e simultaneamente ter a resolução que fala “está tudo errado, tem que mudar tudo”.

Alguma coisa precisa ser pensada a respeito, mas não tenho problema com isso.

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Comentários

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Paulo

03/01/2024 - 00h26

Mas d’já!?


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