Vaticano detona Israel pela ‘carnificina’ em Gaza

WAFA

Durante uma cerimônia de comemoração do Tratado de Latrão na terça-feira, 13, o Cardeal Parolin, Secretário de Estado da Santa Sé, expressou sua consternação com a situação em Gaza.

Ele afirmou: “Peço que o direito de defesa de Israel, invocado para justificar a operação militar em Gaza, seja proporcional, o que certamente não é o caso com 30 mil mortos”.

A declaração foi feita durante um evento organizado pelas autoridades italianas para marcar a assinatura do Tratado de Latrão, um acordo entre o Reino da Itália e a Santa Sé no início do século 20 para resolver disputas entre o governo italiano e a Igreja Católica.

Continuando após o anúncio, o número 2 do Vaticano também reiterou sua condenação “sem reservas” aos ataques do Hamas e a todas as formas de antissemitismo. No entanto, suas observações foram recebidas com forte desaprovação.

Em comunicado divulgado ontem, a embaixada de Israel na Santa Sé denunciou a declaração do Cardeal como “deplorável”, enfatizando que julgar a legitimidade de uma guerra exigia considerar todos os elementos e “a estrutura geral”.

Turbulência Diplomática

Desde o início do conflito em 7 de outubro, as relações diplomáticas entre as autoridades católicas e o Estado judeu têm sido turbulentas.

Em meados de dezembro, o Patriarcado de Jerusalém denunciou a morte de duas mulheres cristãs “assassinadas a sangue frio” em Gaza por um atirador israelense. Em resposta, o embaixador israelense no Vaticano afirmou: “Não há evidências, essas são declarações difamatórias”.

Operação “Catastrófica”

Seguindo os Estados Unidos, principal aliado de Israel, que se opôs a uma ofensiva em Rafah sem “garantias” para a segurança dos civis, Austrália, Canadá e Nova Zelândia alertaram o governo de Netanyahu na quinta-feira contra uma operação em Rafah.

Instando o governo de Benjamin Netanyahu a “não seguir esse caminho”, os três países da Commonwealth afirmaram que “uma operação militar em Rafah seria catastrófica”, considerando os “estimados 1,5 milhão de refugiados palestinos na área” que não têm para onde ir.

Com informações da RFI

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