Rota bioceânica vai abrir o Pacífico às exportações e pode acelerar processo de neoindustrialização do país


Corredor de 2.396 quilômetros une Brasil, Paraguai, Chile e Argentina

A Rota Bioceânica se aproxima de realizar o seu grande objetivo: conectar os oceanos Atlântico e Pacífico. O ano de 2023 foi marcado por um progresso significativo no projeto, com a megaestrada quase concluída. Resta apenas a finalização de uma ponte entre Porto Murtinho (MS) e Carmelo Peralta, no Paraguai.

Este corredor rodoviário, percorrendo cerca de 2.396 quilômetros, une o Brasil ao Paraguai, Chile e Argentina, atravessando paisagens espetaculares. Promete fomentar o desenvolvimento econômico em todas as localidades por onde passa.

Brasil, Bolívia, Paraguai, Argentina e Chile terão um modal de transporte para interligar todos esses países, o que ajudará, portanto, a cimentar e desenvolver a integração econômica e logística do continente.

Em novembro, uma expedição partiu de Campo Grande para explorar a Rota, com autoridades e empresários avaliando o trajeto como uma via promissora para o avanço conjunto dos quatro países.

A inauguração está prevista para o primeiro semestre de 2025, conectando a BR-267 à ponte internacional sobre o Rio Paraguai.

O início da construção do acesso rodoviário de 13 quilômetros, que ligará a BR-267 à ponte internacional sobre o Rio Paraguai, está prestes a começar. O Consórcio PDC Fronteira, responsável pela obra, trabalhará com um orçamento de R$ 472.410.911,22, com previsão de conclusão em 26 meses.

O investimento na ponte internacional, a cargo de um consórcio binacional, é de US$ 85 milhões, financiados pela administração paraguaia da Itaipu. Com 1.310 metros de comprimento e 20,10 metros de largura, essa ponte é fundamental para a concretização da Rota Bioceânica, que terá Porto Murtinho como ponto de partida no Brasil.

A terceira expedição da Rota Bioceânica, realizada em novembro, explorou o potencial dessa rota em encurtar significativamente a distância marítima para exportações brasileiras destinadas à Ásia.

A previsão é que a rota economize mais de 9,7 mil quilômetros e reduza o tempo de viagem em cerca de 12 dias.

O primeiro carregamento a utilizar a Rota será uma carreta de carne bovina, demonstrando o potencial logístico da iniciativa.

Essa economia de tempo promete impulsionar o comércio exterior brasileiro, e não apenas a agropecuária, porque a nova rota poderá ser usada também para o escoamento (e recebimento) de produtos industriais.

Ou seja, o projeto servirá para acelerar as metas do governo de recuperar a indústria nacional.

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