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Petrobras pode perder receita bilionária com nova política de preços, diz Associação

A Petrobras pode registrar uma perda de aproximadamente R$ 10 bilhões em sua receita bruta até maio deste ano, seguindo sua nova política de preços para gasolina e diesel, introduzida há um ano. Segundo uma reportagem do Valor, concorrentes da estatal destacam que a prática de preços reduzidos em comparação ao mercado internacional tem impactado […]

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AGÊNCIA PETROBRAS

A Petrobras pode registrar uma perda de aproximadamente R$ 10 bilhões em sua receita bruta até maio deste ano, seguindo sua nova política de preços para gasolina e diesel, introduzida há um ano.

Segundo uma reportagem do Valor, concorrentes da estatal destacam que a prática de preços reduzidos em comparação ao mercado internacional tem impactado negativamente sua receita.

Esta mudança na política de preços marca um afastamento do Preço de Paridade de Importação (PPI), adotado desde o governo Michel Temer, gerando incerteza entre investidores.

A Refina Brasil, representando refinarias não controladas pela Petrobras, estima que a perda de receita bruta da estatal no segmento de refino, transporte e comercialização de gasolina e diesel foi de R$ 9,432 bilhões desde maio do ano passado até meados de março.

O cálculo leva em conta a diferença entre o PPI e o preço praticado pela Petrobras, aplicado ao volume de produção da empresa.

Além da queda na receita bruta, a Refina Brasil aponta uma redução de R$ 305,3 milhões no lucro líquido da Petrobras, afetando potencialmente a distribuição de dividendos aos acionistas.

A política de preços adotada pela Petrobras também é criticada por sua falta de transparência e previsibilidade, dificultando a competição no mercado nacional de combustíveis.

O presidente da Refina Brasil, Evaristo Pinheiro, argumentou ao jornal que a desregulamentação do setor de refino precedeu a necessária regulação para um mercado competitivo, complicando a situação para refinarias independentes.

Ele enfatiza que a antiga política de preços baseada no PPI, apesar de não ser perfeita, oferecia maior clareza em comparação à atual, que ele descreve como “opaca”.

O impacto da nova política de preços da Petrobras também é sentido por importadores de combustíveis, conforme destaca Sergio Araujo, presidente executivo da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).

A prática de preços inferiores aos internacionais pela Petrobras cria insegurança no mercado, afetando a competitividade dos importadores.

Em resposta, a Petrobras defende sua estratégia comercial, afirmando que ela considera as condições de produção e logística da empresa para definir preços competitivos, almejando equilibrar as operações com o mercado internacional e nacional.

A estatal ressalta que busca proporcionar estabilidade de preços para os clientes, em linha com a legislação brasileira e a livre competição no mercado de combustíveis.

O Ministério de Minas e Energia reitera que o Brasil possui um regime de livre precificação de combustíveis, sem obrigatoriedade de seguir o PPI ou definição legal para periodicidade de reajustes, permitindo que cada agente defina sua estratégia comercial.

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Fabio

04/04/2024 - 14h59

Os caras estão reclamando que a Petrobras não combina preço com eles? Como são engraçados!


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