O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou na última quarta-feira,3, os Estados Unidos, por meio do Comando Sul, e a Agência Central de Inteligência (CIA), de estabelecerem bases militares e centros de inteligência no território disputado de Essequibo, atualmente sob administração guianense, visando ameaças contra a Venezuela.
Durante a cerimônia de promulgação da Lei Orgânica de Defesa de Essequibo, transmitida nacionalmente, Maduro declarou ter evidências confirmadas da instalação destas bases secretas, apontando a ação como uma preparação para ataques contra a população venezuelana e escaladas de confronto.
A tensão entre Caracas e Georgetown se intensificou após a Guiana licitar blocos petrolíferos em dezembro de 2022, incluindo ofertas aceitas pela ExxonMobil, o que foi interpretado por Caracas como uma manobra conjunta entre a Guiana, a ExxonMobil e Washington para usurpar os direitos venezuelanos sobre o território.
Em resposta, a Venezuela conduziu um referendo consultivo sobre a proteção de Essequibo, recebendo amplo apoio popular.
Em meio a crescentes disputas, Maduro criticou a postura do presidente guianense, Irfaan Ali, da ExxonMobil e do Comando Sul dos EUA, marcando-os como beligerantes e ameaçadores em relação à Venezuela.
Apesar das acusações, os líderes dos dois países, após uma reunião em São Vicente e Granadinas em 14 de dezembro, reafirmaram o compromisso com o diálogo e concordaram em resolver disputas pacificamente, conforme estabelecido pelo direito internacional e pelo Acordo de Genebra de 1966.
Com informações da Sputnik
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