ONU acusa Musk de proliferar racismo e discurso de ódio pelo mundo

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Em dezembro de 2022, um grupo composto por mais de 20 relatores e mecanismos da Organização das Nações Unidas (ONU) enviou uma carta confidencial a Elon Musk, cobrando medidas eficazes para prevenir a disseminação de violência e discursos de ódio na plataforma X, anteriormente conhecida como Twitter.

O documento critica Musk por desmantelar as operações de moderação de conteúdo da rede social e destaca o aumento significativo no uso de linguagem racista e ofensiva. A informação foi divulgada pelo colunista Jamil Chade, do UOL.

A ação da ONU, que reúne um número notável de seus principais relatores, veio após observações de que a aquisição do Twitter por Musk resultou na eliminação de políticas internas voltadas à proteção dos direitos humanos.

A carta solicita informações sobre as estratégias adotadas por Musk para assegurar a implementação dos princípios de direitos humanos na plataforma, incluindo o treinamento de funcionários e medidas específicas para proteger minorias e mulheres de ataques.

Os signatários da carta expressam preocupação com o aumento de 500% no uso de termos racistas e a demissão quase total do departamento de supervisão de direitos humanos da empresa.

Alertam ainda para a ineficácia das medidas atuais contra o discurso de ódio e a incitação à violência, especialmente contra pessoas de ascendência africana, mulheres e minorias.

A ONU ressalta o impacto devastador do discurso de ódio nas redes sociais, mencionando que 23% das mulheres já sofreram abuso ou assédio online. A carta reitera que a liberdade de expressão tem limites, especialmente quando utilizada para incitar discriminação, hostilidade ou violência.

Os relatores apelam a Musk para alinhar as operações da X com os padrões internacionais de direitos humanos e apresentam propostas para melhorar a moderação de conteúdo, incluindo a participação de comunidades minoritárias e mecanismos seguros de denúncia.

A carta é assinada por várias autoridades da ONU, incluindo Catherine Namakula, Fernanda Hopenhaym, Irene Khan, Margaret Satterthwaite, Felipe González Morales, Dorothy Estrada-Tanck, entre outros, demonstrando a seriedade das preocupações levantadas.

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