A operação Jubarte busca proteger o caminho das baleias jubarte, ameaçado por turismo descontrolado, embarcações e até balões no céu
Uma força-tarefa entre a Polícia Federal e o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) está intensificando a proteção das baleias jubarte que migram pela costa fluminense. Desde a última sexta-feira (20), a Operação Jubarte atua no monitoramento de embarcações turísticas e na repressão a crimes ambientais que ameaçam os animais marinhos. A ação se estenderá até o próximo dia 30.
Um dos primeiros resultados da operação ocorreu no sábado (21), quando agentes evitaram que um balão junino ainda em chamas caísse na vegetação nativa da Ilha do Farol, em Arraial do Cabo. O balão foi interceptado a tempo, e cerca de 300 metros de linha de nylon foram retirados do mar, evitando riscos à fauna marinha.

Além disso, as equipes estão fiscalizando embarcações industriais na Reserva Extrativista (Resex) de Arraial do Cabo, onde as baleias costumam passar. Lanchas e motos aquáticas estão sendo impedidas de circular nas proximidades para não perturbarem os animais.
Turismo desordenado preocupa
A operação foi motivada pelo aumento do turismo de observação de baleias na região, que, sem controle, pode estressar e afastar os animais. A prática é regulamentada pela Lei Federal 7.643/88, que proíbe o assédio a cetáceos e prevê pena de 2 a 5 anos de prisão, além de multa.
De acordo com o ICMBio, ações como a Operação Jubarte têm sido essenciais para a recuperação populacional das baleias e outros mamíferos marinhos. A expectativa é que, em 2025, mais de 15 mil jubartes passem pela região – um número que pode ser ainda maior graças aos esforços de preservação.
Enquanto a operação segue, os órgãos reforçam a importância do turismo responsável e do respeito às normas ambientais para garantir a segurança desses gigantes do mar.
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