Indústria nacional vai ter prioridade na venda de R$ 2,4 bi em equipamentos para o SUS

Foto: Cadu Gomes/VPR

O governo federal vai comprar equipamentos para o Sistema Único de Saúde (SUS) no valor de R$ 2,4 bilhões, dando preferência à indústria nacional, mesmo com valores de 10% a 20% superiores aos dos concorrentes internacionais.

A medida é o mais recente desdobramento da política Nova Indústria Brasil (NIB), cujo objetivo é aumentar a capacidade do Brasil de produzir medicamentos, vacinas, equipamentos médicos, materiais e outros insumos de saúde para suprir a demanda nacional. Hoje em dia, a produção interna supre apenas 45% do necessário no mercado interno, e o objetivo do programa é alcançar os 70% até 2033.

Essa decisão também veio em uma semana decisiva para a economia brasileira. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, oficializou o tarifaço que cobrará 50% sobre diversos produtos do Brasil que entrarem no país.

Em nota, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou: “O momento atual reforça a importância de fortalecer as nossas empresas e a nossa indústria para maior soberania e segurança para a nossa saúde”. “Esta é também uma oportunidade de uma mobilização ainda maior.”

Investir no complexo econômico-industrial da saúde é uma das saídas que o governo Lula encontrou para proteger empregos que podem ser perdidos com o tarifço. A estratégia também busca aumentar a qualidade e cobertura do SUS, dependendo menos de ajuda exterior.

“O governo do presidente Lula seguirá mobilizando todos os instrumentos para defender a economia brasileira, como é o caso das compras públicas, que têm um papel importante para fortalecer o setor de dispositivos médicos”, afirma em nota o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin.

Lucas Allabi: Jornalista em formação pela PUC-SP e apaixonado pelo Sul Global. Escreve principalmente sobre política e economia. Instagram: @lu.allab
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