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Apostas em queda da Selic crescem no mercado em meio a guerra comercial de Trump contra o Brasil

O mercado financeiro brasileiro ampliou, na última semana, as projeções de redução da Selic e dos juros futuros, impulsionado por um ambiente internacional mais favorável e por indicadores que apontam para perda de fôlego da economia interna. De acordo com o Valor Econômico, a valorização do real, a queda nos rendimentos dos Treasuries americanos e […]

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AGÊNCIA BRASIL

O mercado financeiro brasileiro ampliou, na última semana, as projeções de redução da Selic e dos juros futuros, impulsionado por um ambiente internacional mais favorável e por indicadores que apontam para perda de fôlego da economia interna.

De acordo com o Valor Econômico, a valorização do real, a queda nos rendimentos dos Treasuries americanos e dados que indicam moderação no crescimento reforçaram a percepção de que o atual patamar de juros está excessivamente restritivo.

Tanto o comunicado quanto a ata da reunião de julho do Banco Central registraram a desaceleração da atividade econômica, apesar da resiliência no mercado de trabalho. Para Felipe Guerra, sócio e diretor de investimentos da Legacy Capital, a melhora do ambiente se deve principalmente a fatores externos.

“O Brasil está totalmente dentro do contexto global e não tem melhorado por coisas que tem feito, mas sim pelo cenário externo. A diferença é que, no Brasil, estamos vendo um pouco mais de clareza nesse gradiente de atividade e inflação para baixo”, afirmou.

Expectativa de cortes ainda em 2025

Na semana passada, a curva de juros passou a precificar 72% de probabilidade de redução de 0,25 ponto percentual na Selic até o fim de 2025. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2031 recuou de 13,69% para 13,50%, refletindo maior interesse por posições aplicadas em juros, especialmente diante da possibilidade de cortes antecipados pelo Federal Reserve nos Estados Unidos.

O economista-chefe da Vinland Capital, Aurelio Bicalho, observa que setores mais sensíveis à taxa básica, como construção civil e bens de capital, já registram retração. “O mercado de trabalho é defasado, demora para sentir”, afirmou, acrescentando que não vê obstáculos impostos pelo Banco Central para retomar o ciclo de cortes. Segundo ele, o movimento pode começar já em dezembro, caso o Fed reduza juros e o dólar se desvalorize.

Estratégia dos gestores no mercado futuro

Para Marco Aurelio Freire, da Kinea Investimentos, o nível atual de juros reais — próximo a 10% — está “fora de lugar” e apresenta espaço para quedas expressivas. Gustavo Pi Okuyama, da Porto Asset, avalia que a credibilidade do Banco Central e a redução nas taxas implícitas oferecem oportunidade para antecipar posições apostando em cortes.

O diagnóstico compartilhado por gestoras como Legacy, Vinland, Kinea e Porto Asset é que a combinação de cenário global positivo e desaceleração doméstica tende a acelerar o início da flexibilização monetária. Essa perspectiva impacta diretamente a curva de juros futuros e as expectativas para a política monetária brasileira ao longo de 2025.

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