O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decretou nesta segunda-feira (11) uma intervenção federal na polícia de Washington D.C. e anunciou o envio de cerca de 800 tropas da Guarda Nacional para a cidade.
Trump afirmou que a intervenção é para combater o “crime” na capital sob a prerrogativa de uma “trágica emergência de segurança”. Os níveis de criminalidade na capital estão em queda e atingiram o menor nível dos últimos 30 anos em 2024, segundo dados de segurança pública dos EUA.
Para convocar a intervenção, o presidente usou uma lei federal chamada “Homerule Act”. Ela permite o uso da Guarda Nacional em apenas três situações: invasão exterior, rebelião contra a autoridade federal ou impedimento de “executar as leis dos Estados Unidos”.
Não está prevista na lei qualquer tipo de intervenção pelas altas taxas de criminalidade – que nesse caso não é verdade – ou insegurança.
O procurador-geral de Colúmbia, Brian Schwalb, autoridade máxima da Justiça no distrito, chamou a intervenção federal de Trump de “sem precedentes, desnecessária e ilegal”. Já a prefeita da capital, a democrata Muriel Bowser, negou a emergência citada por Trump, reiterando a queda nos níveis de criminalidade da cidade. Ela classificou a ação como “alarmante e sem precedentes”.
A medida, que não tem base legal, é mais um arroubo autoritário de Trump, minando a combalida democracia estadunidense de dentro do próprio sistema, como quando ele ordenou o envio da Guarda Nacional para “conter” os manifestantes que denunciavam as batidas migratórias em Los Angeles.
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