Transparência Internacional critica uso da Lei Magnitskty contra Moraes e chama a atenção para fim do foro privilegiado

Sede da Transparência Internacional em Berlim. Foto: Divulgação/Transparency International

A brasileira, Maíra Martini, CEO da Transparência Internacional, criticou o uso da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes do STF (Supremo Tribunal Federal) e o fim do foro privilegiado em entrevista publicada nesta segunda-feira pelo jornal O Globo.

A ONG, sediada em Berlim, atua internacionalmente no combate à corrupção institucional e governamental. Atualmente, ela está presente em 180 países avaliando a transparência dos governos mundiais.

Para Martini, as sanções econômicas contra Moraes são “uma aberração” que abriu “um precedente perigosíssimo”. “[A lei] não se enquadra em nenhum dos motivos pelos quais ela foi criada. É uma aberração e abre um precedente perigosíssimo”, afirmou a executiva. Declarou ainda não duvidar que “possam vir sanções à sociedade civil” e que é possível esperar “qualquer coisa do governo americano”.

Já sobre as atuais discussões no Congresso que pretendem acabar com o foro privilegiado, Martini se mostrou preocupada. “Elas não mandam uma mensagem de confiança no Judiciário nem no sistema político”. Segundo ela, o objetivo dos congressistas é arrastar processos sem solução: “Tem uma razão pela qual eles querem voltar a ser julgados pela 1ª instância: sabem que não vai ter fim”.

Lucas Allabi: Jornalista em formação pela PUC-SP e apaixonado pelo Sul Global. Escreve principalmente sobre política e economia. Instagram: @lu.allab
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