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Saiba quanto a Europa teria que desembolsar para aniquilar o poder militar dos EUA

Um estudo do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS), divulgado pela Telesur, calculou que a União Europeia teria de desembolsar cerca de US$ 1 trilhão para substituir integralmente as capacidades militares hoje fornecidas pelos Estados Unidos à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). O que está em jogo Inteligência e vigilância: só para repor […]

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Mark Schiefelbein/AP

Um estudo do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS), divulgado pela Telesur, calculou que a União Europeia teria de desembolsar cerca de US$ 1 trilhão para substituir integralmente as capacidades militares hoje fornecidas pelos Estados Unidos à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

O que está em jogo

Inteligência e vigilância: só para repor sistemas de inteligência, vigilância e reconhecimento seriam necessários US$ 4,8 bilhões.

Tropas e equipamentos: o cálculo inclui a substituição de até 128 mil soldados norte-americanos atualmente posicionados no continente.

Recursos espaciais e multidomínio: lacunas em satélites, monitoramento aéreo, naval e cibernético exigiriam investimentos adicionais e de longo prazo.


Segundo o relatório, a hipótese de uma retirada gradual das tropas dos EUA, após um eventual acordo de cessar-fogo na guerra da Ucrânia, deixaria a Europa diante de um desafio logístico e industrial de enormes proporções.

Planos da OTAN e reação europeia

Na cúpula da OTAN em Haia (junho de 2025), os países-membros aprovaram:

aumento dos gastos de defesa para 5% do PIB até 2035;

criação da linha de crédito SAFE, destinada a levantar € 150 bilhões para expandir a produção bélica;

projeção de € 650 bilhões já comprometidos nos orçamentos nacionais para reforçar as forças armadas.


Fragilidades do setor de defesa europeu

Apesar das metas, o IISS alerta que a indústria de defesa da Europa tem limitações:

setor terrestre: crescimento das encomendas, especialmente blindados e artilharia;

setor naval e aeroespacial: investimentos ainda baixos, com capacidade produtiva insuficiente;

desafios estruturais: falta de integração entre programas militares nacionais, dependência de tecnologias externas e burocracia que atrasa projetos estratégicos.


Conclusão

O relatório indica que, sem o apoio militar dos EUA, a Europa enfrentaria não apenas uma questão de custos, mas também de capacidade produtiva, tempo de resposta e integração política. O esforço para preencher esse vazio exigiria não só dinheiro, mas uma revolução industrial e logística em defesa que, segundo analistas, levaria décadas para se consolidar.

📌 Em resumo: Para neutralizar o poder militar norte-americano na OTAN e sustentar sozinha sua defesa, a União Europeia teria de investir valores equivalentes a mais de 5% do PIB europeu anual durante vários anos — algo sem precedentes desde a Segunda Guerra Mundial.

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