O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revelou nesta segunda-feira que pretende aplicar uma tarifa de 100% sobre todos os filmes produzidos fora do país e exibidos nos EUA. A declaração foi feita em postagens na plataforma Truth Social, nas quais ele acusou outros países de “roubarem” o setor cinematográfico americano.
Apesar do anúncio, faltaram detalhes sobre a implementação da taxa. Não houve esclarecimento sobre os critérios de aplicação – por exemplo, se seriam incluídos apenas filmes exibidos nos cinemas ou também os distribuídos via streaming – ou qual autoridade legal respaldaria essa medida.
Setores do entretenimento reagiram com cautela e preocupação. A medida alcança um modelo hoje amplamente globalizado, no qual produções norte-americanas frequentemente recorrem a estúdios, equipes e locações no Canadá, Reino Unido, Austrália e outros países que oferecem incentivos fiscais e mão de obra especializada.
Analistas de mercado alertam que o custo da tarifa acabará sendo repassado aos consumidores, afetando preços de ingressos e assinaturas. Já executivos do setor cinematográfico apontam que vários filmes modernos atravessam fronteiras em produção, financiamento, pós-produção e efeitos visuais, o que torna difícil classificar o que é “filme estrangeiro”.
Após o anúncio, ações de estúdios como Warner Bros. Discovery e Paramount Skydance registraram queda na bolsa.
Essa não é a primeira vez que Trump ameaça tarifas para filmes estrangeiros. Em maio, ele já havia ventilado proposta similar, mas até o momento nenhum mecanismo concreto foi delineado. Até agora, a Casa Branca não emitiu um comunicado oficial sobre o tema, nem especificou como pretende operacionalizar a política.


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