O ministro do Esporte, André Fufuca (PP-MA), contrariou a orientação da direção nacional do Progressistas e declarou apoio à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2026. A manifestação pública do ministro desafia diretamente o comando de Ciro Nogueira, líder do partido, e aprofunda as fissuras internas na coligação após o anúncio da federação União Progressista — formada por PP e União Brasil — de que deixaria a base do governo federal.
Durante um evento no Maranhão, Fufuca afirmou que sua decisão é uma questão de lealdade pessoal. “Vou pagar com gratidão a quem sou grato. Vou votar em Luiz Inácio Lula da Silva”, disse o ministro. A fala teve forte repercussão entre aliados e foi interpretada como um recado político a Ciro Nogueira, que nas últimas semanas endureceu o tom contra integrantes do PP que resistem a entregar os cargos no Executivo.
Após a decisão da federação de romper com o governo, anunciada no início de setembro, Nogueira determinou que os ministros e dirigentes do PP que ainda ocupam funções federais deixassem suas pastas. O senador chegou a afirmar que, caso Fufuca insista em permanecer no governo, poderá perder o comando da legenda no Maranhão. Mesmo assim, o ministro tem sinalizado que pretende continuar no cargo e manter apoio ao presidente.
A postura de Fufuca se soma à de outros integrantes da base que resistem ao afastamento completo do Planalto. Situação semelhante ocorre com o ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil), que também enfrenta pressão interna, mas conta com apoio de parte de sua bancada para seguir no governo.


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