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Lula conversa com Trump por videochamada em meio ao tareifaço e prepara encontro presencial

Presidentes discutem barreiras comerciais e buscam saída para crise entre Brasil e Estados Unidos O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou, na manhã desta segunda-feira (6), por videochamada com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O diálogo ocorre em um momento de crescente tensão diplomática entre os dois países, após a decisão […]

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Presidentes discutem barreiras comerciais e buscam saída para crise entre Brasil e Estados Unidos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou, na manhã desta segunda-feira (6), por videochamada com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O diálogo ocorre em um momento de crescente tensão diplomática entre os dois países, após a decisão de Washington de impor novas tarifas sobre produtos brasileiros.

Segundo informações publicadas pela Band, a conversa foi articulada durante o fim de semana em tratativas entre o Itamaraty e a Casa Branca. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o vice-presidente Geraldo Alckmin participaram da reunião virtual, que teve como principal objetivo discutir alternativas para evitar uma escalada de retaliações comerciais entre as duas maiores economias das Américas.


Tentativa de solução negociada

Fontes do Ministério das Relações Exteriores informaram que Lula reforçou o interesse do Brasil em encontrar uma saída negociada para o impasse, preservando o fluxo de comércio bilateral. O presidente destacou a importância de manter abertos os canais de diálogo e proteger setores diretamente afetados pelas novas tarifas impostas pelos EUA, como aço, alumínio e biocombustíveis.

De acordo com diplomatas, a videochamada também funcionou como preparação para um possível encontro presencial entre Lula e Trump ainda neste mês. A reunião pode ocorrer durante um evento internacional na Malásia, caso as negociações avancem.


Notas oficiais devem detalhar tom da conversa

O Palácio do Planalto deve divulgar, nas próximas horas, uma nota oficial com detalhes sobre os principais pontos abordados e o tom adotado pelos líderes. Para o governo brasileiro, a conversa é um teste diplomático crucial para reconstruir pontes econômicas e políticas com Washington após o anúncio das medidas protecionistas norte-americanas.


Estratégia cautelosa da diplomacia brasileira

Segundo fontes do Itamaraty, assessores de Lula defendiam que o primeiro contato fosse virtual antes de uma reunião presencial. A ideia é permitir que ambos os presidentes identifiquem pontos de convergência e divergência nas negociações comerciais antes de um encontro físico.

O chanceler Mauro Vieira confirmou que Lula e Trump mantêm um “contato combinado” e que novas conversas devem acontecer. Apesar disso, a diplomacia brasileira mantém postura discreta, avaliando que a relação entre os dois governos é marcada por desafios desde a eleição de Trump no fim de 2024.


Incertezas sobre postura de Trump

Diplomatas brasileiros analisam que a imprevisibilidade do presidente norte-americano exige uma abordagem prudente. Existe preocupação de que membros do governo dos EUA possam dificultar uma aproximação entre os países, especialmente após a implementação do chamado tarifaço.

Trump justificou as novas tarifas alegando desequilíbrios comerciais, argumento contestado por dados oficiais que indicam que os EUA não têm déficit nas trocas com o Brasil. O republicano também relacionou a medida a questões políticas, citando o processo e a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro foi sentenciado a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe e outros crimes.


Caminho para um encontro presencial

A possibilidade de um encontro presencial entre Lula e Trump durante a cúpula da ASEAN, marcada para o fim de outubro na Malásia, é vista pelo Palácio do Planalto como uma oportunidade estratégica para retomar o diálogo direto com Washington em terreno neutro.

O governo brasileiro, segundo fontes diplomáticas, considera prioritário garantir que qualquer reunião com Trump traga resultados concretos, evitando um encontro meramente simbólico. Equipes técnicas do Itamaraty já preparam relatórios e dados sobre o impacto das tarifas para apresentar ao presidente norte-americano, caso as negociações avancem.


Contexto da crise comercial

A tensão entre Brasil e Estados Unidos se intensificou nos últimos meses, após a Casa Branca anunciar tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros. O governo norte-americano justificou as medidas como resposta a desequilíbrios comerciais e a supostas violações de direitos e liberdades de cidadãos americanos.

Os dados do comércio bilateral, porém, indicam que os EUA mantêm superávit em relação ao Brasil. O governo Lula considera que as tarifas têm motivação política e atingem setores estratégicos da economia nacional.


Expectativas para os próximos passos

A conversa virtual entre Lula e Trump é vista como um primeiro movimento para evitar um agravamento da crise e abrir caminho para negociações que possam reduzir ou suspender as tarifas. O Palácio do Planalto aposta na possibilidade de construir uma nova base de entendimento comercial antes que medidas de retaliação sejam implementadas pelo Brasil.

Enquanto isso, setores industriais afetados pelas barreiras — como siderurgia, biocombustíveis e manufatura — aguardam definições. O governo brasileiro estuda mecanismos para proteger exportadores e compensar perdas, mas busca evitar uma guerra comercial ampla com os EUA.


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