O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), aparece como favorito absoluto na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes e seria reeleito já no primeiro turno, segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira (14.out.2025) pelo Instituto Paraná Pesquisas.
O levantamento mostra que Tarcísio supera 50% dos votos válidos em três dos quatro cenários analisados, assegurando vitória direta sem necessidade de segundo turno. Apenas em uma simulação — quando enfrenta o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB) — o governador não atinge a maioria absoluta, embora mantenha ampla vantagem sobre os adversários.
Em um cenário alternativo, sem a presença de Tarcísio, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), aparece na liderança da disputa estadual, consolidando-se como principal nome do grupo governista na ausência do atual governador.
Cenários de primeiro turno
No cenário mais favorável, Tarcísio de Freitas alcança 52,7% das intenções de voto. Em segundo lugar aparece Márcio França (PSB), ministro do Empreendedorismo e ex-governador paulista, com 12,6%.
Na sequência, figuram Erika Hilton (Psol-SP), deputada federal, com 11,7%; o ex-prefeito de Santo André Paulo Serra (PSDB), com 4,9%; o ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), com 4,6%; e Felipe D’Ávila (Novo), com 1,4%.
Apenas quando o ex-governador Geraldo Alckmin é incluído na disputa, Tarcísio não ultrapassa os 50% dos votos válidos. Nesse cenário, ele soma 48,3%, contra 27,2% de Alckmin, mantendo, ainda assim, liderança confortável de mais de 20 pontos percentuais.
Desempenho de Ricardo Nunes sem Tarcísio na disputa
A pesquisa também avaliou um cenário sem a presença de Tarcísio de Freitas, para medir o desempenho de possíveis aliados. Nesse caso, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), lidera a corrida pelo governo estadual com 32,7% das intenções de voto.
Em segundo lugar aparece Márcio França, com 17,6%, seguido de Erika Hilton, com 13%. Na sequência, Paulo Serra (PSDB) tem 6%, Alexandre Padilha (PT) aparece com 5,4% e Felipe D’Ávila (Novo) registra 3,1%.
O resultado reforça a força eleitoral de Nunes entre eleitores mais próximos da base governista e indica que o MDB pode herdar parte do capital político de Tarcísio caso o governador opte por disputar outro cargo em 2026.
Possibilidades de segundo turno
O Instituto Paraná Pesquisas também simulou cenários de segundo turno. Em todos eles, Tarcísio de Freitas venceria com larga vantagem.
Contra Geraldo Alckmin (PSB), o atual governador teria 53,3% dos votos, enquanto o ex-governador ficaria com 37,7%. Já em um embate direto com Márcio França, a diferença se amplia: Tarcísio venceria por 60,8% a 24,8%.
Os números indicam que, mesmo diante de nomes tradicionais da política paulista, Tarcísio mantém ampla aprovação e consolida sua posição como favorito absoluto à reeleição.
Interpretação dos resultados
A sondagem confirma a força política de Tarcísio de Freitas dois anos e meio após sua posse, sustentada por altos índices de aprovação entre eleitores do interior e da Grande São Paulo. O governador, que se elegeu em 2022 com apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), consolidou sua imagem como gestor técnico e moderado, ampliando sua base além do eleitorado bolsonarista.
A vantagem sobre adversários históricos — como Alckmin e França — sugere que o atual governador manteve apoio popular mesmo em meio a disputas nacionais polarizadas, e que nenhum adversário da esquerda ou centro-esquerda conseguiu se firmar como alternativa competitiva até o momento.
O desempenho de Erika Hilton (Psol), que aparece com dois dígitos de intenção de voto, chama atenção por consolidar um eleitorado progressista urbano, especialmente na capital e em regiões metropolitanas.
Ricardo Nunes e o tabuleiro de 2026
O crescimento de Ricardo Nunes no cenário sem Tarcísio reflete o fortalecimento do MDB em São Paulo e o efeito da visibilidade da prefeitura da capital, que concentra o maior colégio eleitoral do país.
Com a eleição municipal de 2024 ainda fresca na memória do eleitor, o desempenho de Nunes sugere potencial de continuidade administrativa, caso o governador decida não disputar a reeleição.
No entanto, analistas avaliam que o favoritismo de Tarcísio deve desencorajar candidaturas internas e consolidar alianças com partidos de centro e direita até 2026.
Contexto político e perspectivas
O levantamento do Paraná Pesquisas ocorre em um momento em que Tarcísio de Freitas é visto como um dos principais nomes da direita nacional para o próximo ciclo eleitoral. Sua eventual reeleição no governo paulista reforçaria seu peso político dentro do Republicanos e o colocaria em posição estratégica para futuras disputas presidenciais.
A disputa estadual também deve refletir tensões entre o governo Lula e os governos estaduais alinhados à oposição, especialmente em temas como segurança pública, infraestrutura e privatizações.
Analistas destacam que, até o momento, nenhum nome da base governista em Brasília conseguiu se consolidar como adversário viável no estado mais populoso do país.
📊 Resumo da pesquisa Paraná Pesquisas (SP – outubro de 2025):
- Tarcísio de Freitas (Republicanos): entre 48,3% e 52,7% (vitória no 1º turno em 3 de 4 cenários)
- Márcio França (PSB): até 12,6%
- Erika Hilton (Psol): até 11,7%
- Geraldo Alckmin (PSB): 27,2% no único cenário testado
- Alexandre Padilha (PT): até 5,4%
- Paulo Serra (PSDB): até 6%
- Felipe D’Ávila (Novo): até 3,1%
- Ricardo Nunes (MDB, sem Tarcísio): 32,7%


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