O banco Goldman Sachs anda fazendo uma série de análises dos impactos do tarifaço de Donald Trump e seus efeitos no consumidor estadunidense. Segundo a instituição financeira, 67% dos custos do tarifaço serão repassados ao comprador médio dos EUA durante o próximo ano.
O Índice de Despesas Pessoais de Consumo — o indicador que mede a variação média de preços de bens e serviços no consumo das famílias dos EUA, como o IPCA — estava em 2.8% em junho, e analistas do Goldman preveem que chegará a 3,2% em dezembro.
Eles ainda calcularam que, tirando os custos adicionais do tarifaço da equação, o índice chegaria apenas a 2,4% no mesmo período. Por enquanto, os analistas do banco esperam que o tarifaço afete o crescimento do indicador em 0,5%.
Empresas como a Apple reportaram uma perda de US$ 800 milhões por causa das tarifas, e a montadora GM registrou custos relacionados ao tarifaço de mais de US$ 1 bilhão em seus resultados do último trimestre. Os analistas esperam que, daqui para frente, as empresas paguem menos de 10% dos custos com tarifas. Eles ainda acrescentaram que exportadores internacionais assumiram cerca de 14% desses custos até junho, mas essa taxa pode aumentar para 25%.
Novas tarifas sobre quase 70 países entraram em vigor na semana passada. Mas, como o presidente Trump já demonstrou estar disposto a mudar de ideia abruptamente sobre acordos comerciais existentes — como fez com México e Canadá —, entender exatamente o quanto as tarifas vão impactar a economia estadunidense e mundial pode acabar sendo difícil.


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