Menu

Aliança Brasil-China mira soberania econômica e fim do dólar

Em reunião da Cosban, Tatiana Rosito destacou avanços na integração financeira e o uso crescente de moedas locais em transações bilaterais O Brasil e a China deram mais um passo no fortalecimento da cooperação econômica bilateral. A secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, embaixadora Tatiana Rosito, afirmou nesta quarta-feira (17/9) que os dois […]

sem comentários
Apoie o Cafezinho
Siga-nos no Siga-nos no Google News
A iniciativa promete cortar custos transnacionais e diminuir a dependência do dólar nas relações econômicas entre Brasil e China.
Cooperação inclui fundos listados em bolsas, projetos ambientais de bilhões de dólares e novas formas de financiamento de longo prazo / Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Em reunião da Cosban, Tatiana Rosito destacou avanços na integração financeira e o uso crescente de moedas locais em transações bilaterais


O Brasil e a China deram mais um passo no fortalecimento da cooperação econômica bilateral. A secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, embaixadora Tatiana Rosito, afirmou nesta quarta-feira (17/9) que os dois países trabalham em conjunto para ampliar o uso de moedas locais não apenas nas transações comerciais, mas também na composição das reservas internacionais e nos portfólios financeiros.

Segundo Rosito, o objetivo central é reduzir custos transnacionais e minimizar os riscos cambiais, desafios que frequentemente encarecem e dificultam operações entre economias de grande porte.

A fala ocorreu durante reunião da subcomissão econômico-financeira Brasil-China, parte da agenda da Cosban (Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação). O encontro foi realizado na sede da ApexBrasil, em Brasília, com a presença de autoridades brasileiras e de uma delegação chinesa liderada pelo vice-ministro de Finanças da China, Liao Min.

Leia também:
Relatoria da anistia golpista cai nas mãos de Paulinho da Força
Urgência para o projeto de anistia é aprovada na Câmara; entenda
A ‘PEC da Blindagem’ e o golpe parlamentar contra a democracia

Embora a imprensa não tenha acompanhado as discussões internas, a abertura da reunião destacou os “resultados tangíveis” obtidos recentemente pela subcomissão.

Resultados recentes e novas frentes de cooperação

Rosito lembrou que, em 2024, o Fundo de Cooperação Brasil-China foi relançado e, apenas neste ano, já aprovou US$ 2,8 bilhões para projetos voltados à agenda ambiental. Outro avanço citado foi a integração dos mercados financeiros: em maio, fundos chineses do tipo ETFs (com cotas negociadas em bolsa) passaram a ser listados no Brasil.

A tendência é que essa integração se intensifique. “O próximo passo será a listagem de ETFs brasileiros na China, o que deve abrir ainda mais espaço para investimentos cruzados e diversificação de portfólios”, destacou a secretária.

Além disso, bancos de desenvolvimento dos dois países — como o BNDES, pelo lado brasileiro, e o Banco de Desenvolvimento da China (CDB) e o Banco de Importação e Exportação da China (Cexim), pelo lado chinês — já identificam projetos e mecanismos financeiros para fomentar o financiamento de longo prazo.

Agenda estratégica

Na avaliação de Rosito, a inclusão do uso de moedas locais nas reservas internacionais e nos portfólios financeiros reforça a estratégia bilateral de ampliar a autonomia e a previsibilidade das operações.

Trabalhamos para expandir o uso de moedas locais, não apenas no comércio, mas também na composição das reservas e portfólios financeiros, reduzindo custos transnacionais e mitigando riscos cambiais”, afirmou.

A delegação chinesa contou ainda com representantes do Ministério das Relações Exteriores da China, da Administração Nacional de Regulação Financeira e da Comissão de Regulação de Valores Mobiliários, além dos bancos de fomento do país.

Do lado brasileiro, além da equipe da Fazenda liderada por Rosito, participaram integrantes dos ministérios das Relações Exteriores, da Agricultura e Pecuária e da Casa Civil. Também estiveram presentes técnicos de instituições estratégicas como o Ipea, a Susep, a CVM e o BNDES.

A expectativa é que as iniciativas em andamento consolidem um novo patamar nas relações Brasil-China, aproximando ainda mais os dois países na construção de um ambiente financeiro e comercial menos vulnerável às oscilações do dólar e mais favorável ao desenvolvimento de longo prazo.

Com informações de CNN*

, , , ,
Apoie o Cafezinho
Siga-nos no Siga-nos no Google News

Comentários

Os comentários aqui postados são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site O CAFEZINHO. Todos as mensagens são moderadas. Não serão aceitos comentários com ofensas, com links externos ao site, e em letras maiúsculas. Em casos de ofensas pessoais, preconceituosas, ou que incitem o ódio e a violência, denuncie.

Escrever comentário

Escreva seu comentário

Nenhum comentário ainda, seja o primeiro!


Leia mais

Recentes

Recentes