A deputada federal Luizianne Lins (PT-CE) foi uma das pessoas detidas durante a interceptação por militares israelenses das embarcações da Flotilha Global Sumud, nesta quarta-feira (1), em águas internacionais. A missão buscava levar alimentos, água e insumos médicos à Faixa de Gaza, participando de uma coalizão internacional com navios de diversos países.
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que acionou o Itamaraty para intermediar com autoridades israelenses e garantir que a parlamentar tenha seus direitos parlamentares respeitados. Durante sessão legislativa, Motta declarou que buscaria “todo apoio” diplomático para que Luizianne recupere sua liberdade e integridade.
Deputados federais de partidos de oposição também enviaram ofício ao presidente Lula e à cúpula da diplomacia exigindo ação urgente. No documento, afirmam que a demora nas medidas pode resultar em tragédias e que o Brasil deve reafirmar sua postura soberana e de defesa dos direitos humanos.
O Itamaraty, por sua vez, divulgou nota informando que acompanha o caso “com preocupação” e que considera a ação de Israel uma violação aos direitos de manifestantes pacíficos. Segundo o ministério, a segurança dos brasileiros detidos agora é de responsabilidade do Estado israelense.
A interceptação fez parte de uma ação maior: ao menos 12 brasileiros foram detidos no episódio, entre eles ativistas como Thiago Ávila. Israel confirmou que navios foram “parados com segurança” e que passageiros seriam transferidos para portos do país. A flotilha já havia sofrido ataques com drones e medidas de intimidação enquanto navegava rumo a Gaza.


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