Os Estados Unidos realizaram, nesta terça-feira (14), um bombardeio contra um barco em águas próximas à costa da Venezuela. Segundo o presidente Donald Trump, a embarcação transportava drogas e era operada por integrantes de uma organização “narcoterrorista”. Seis pessoas morreram durante a ação, conduzida em águas internacionais.
Trump afirmou que o ataque foi autorizado após a confirmação da inteligência americana de que o barco integrava redes ilícitas ligadas ao tráfico e ao terrorismo. Desde agosto, os EUA conduzem uma operação militar no sul do Caribe, alegando combater o narcotráfico. Navios, aeronaves e um submarino nuclear participam das missões na região, que se tornaram mais frequentes nas últimas semanas.
A ofensiva, no entanto, tem gerado fortes críticas internacionais. A Human Rights Watch acusou o governo norte-americano de violar a lei internacional e realizar “execuções extrajudiciais ilegais”. O tema foi debatido no Conselho de Segurança da ONU na última sexta-feira (10), com países alertando para o risco de escalada militar no Caribe.
O governo da Venezuela pediu uma investigação independente e afirmou que as vítimas do ataque eram pescadores locais, não traficantes. Caracas também denunciou a operação como uma “provocação” dos Estados Unidos e ordenou a mobilização de tropas nas regiões costeiras.
Nos bastidores, a Casa Branca não confirma nem descarta uma ofensiva maior. Fontes citadas pelo site Axios afirmam que Trump pediu ao Pentágono um “menu de opções” sobre ações futuras no país vizinho, enquanto Caracas treina milicianos e civis para responder a uma possível invasão.


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