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A fake news de Claudio Castro sobre a “falta de ajuda federal”

Pior que a incompetência é a covardia — e Cláudio Castro reúne as duas. O governador do Rio de Janeiro mostrou-se incapaz de conduzir uma operação policial de grandes proporções e, diante do desastre, preferiu culpar o presidente Lula para escapar de suas responsabilidades. A chamada Operação Contenção mobilizou cerca de 2.500 agentes das forças […]

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Pior que a incompetência é a covardia — e Cláudio Castro reúne as duas. O governador do Rio de Janeiro mostrou-se incapaz de conduzir uma operação policial de grandes proporções e, diante do desastre, preferiu culpar o presidente Lula para escapar de suas responsabilidades.

A chamada Operação Contenção mobilizou cerca de 2.500 agentes das forças de segurança para conter o avanço do Comando Vermelho e cumprir 100 mandados de prisão. Quatro policiais foram mortos, sessenta suspeitos morreram em confronto e 81 pessoas foram presas. Também foram apreendidos 75 fuzis.

Além da perda de vidas humanas, é preciso considerar o prejuízo causado pelo caos na cidade: o terror nas comunidades, os congestionamentos, o fechamento de escolas, postos de saúde e hospitais, as barricadas, o medo generalizado, o colapso completo da rotina. Foi um dia em que o Rio parou sob fogo e pânico.

No mesmo dia, Cláudio Castro convocou uma coletiva de imprensa para se defender — e, em vez de assumir a responsabilidade, tentou fabricar uma narrativa. Com voz trêmula, afirmou que o Rio estava “sozinho”. Mentiu.

Ele próprio admitiu que não pediu ajuda federal. Não acionou a Polícia Federal, as Forças Armadas nem o Ministério da Justiça. Ainda assim, tentou convencer o público de que o Governo Federal teria negado apoio. Para isso, usou uma justificativa distorcida: disse que, em outras ocasiões, o governo exigira um formulário para autorizar a Garantia da Lei e da Ordem (GLO). O que é preciso deixar claro — e a imprensa, infelizmente, acabou caindo na armadilha de Cláudio Castro — é que ele não pediu, não solicitou apoio do governo federal para essa operação de hoje. Ponto final.

O próprio ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, confirmou a informação. Ele afirmou que o governador Cláudio Castro não pediu apoio para a operação policial de hoje.

Entre os 81 presos, até o momento não se sabe quem são, nem o grau de periculosidade. Entre mortos e suspeitos, não há clareza sobre quantos realmente pertencem a facções ou quantos eram apenas moradores pegos no fogo cruzado. E não será a primeira vez que a cidade descobre, dias depois, que entre os mortos havia vários inocentes — vítimas de uma operação desastrada e inconsequente.

O que está claro é o objetivo político: remexer o ânimo fascista da sociedade. Essa tática, que a extrema direita usa no mundo inteiro, é especialmente eficaz no Brasil. Foi com ela que Bolsonaro chegou ao poder. No Rio de Janeiro, ela sempre dá resultado.

A operação, conduzida sem planejamento e usada como espetáculo, serviu para desviar a atenção da opinião pública, em meio à onda positiva de Lula após o encontro com Donald Trump. Criou-se o caos e, sobre ele, ergueu-se uma mentira.

A esquerda, por sua vez, precisa tomar cuidado ao reagir a esse tipo de manipulação. Ao criticar os excessos das forças de segurança, é empurrada para a armadilha retórica de parecer “defender bandidos” — uma distorção que mina o debate público e enfraquece a luta por uma política de segurança racional e humana.

Para o país, pensando no interesse nacional e considerando que a segurança pública é, de fato, um drama na vida de milhões de brasileiros, será preciso que o governo federal pense muito rápido dessa vez e utilize mais essa crise no Rio de Janeiro como uma grande oportunidade para fazer avançar a pauta — a PEC da segurança pública — e gerar um debate construtivo, urgente e assertivo. Esse debate precisa envolver a sociedade com ideias criativas e transmitir com clareza que as autoridades eleitas pelo voto popular são inimigos radicais do banditismo e do crime organizado. Essa mensagem será essencial para evitar o retorno dos sentimentos fascistas na sociedade e conter o avanço da extrema direita em 2026, que tentará, mais uma vez, manipular com mentiras e soluções fáceis a pauta da segurança pública.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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Mané

29/10/2025 - 21h56

Pasquim marrom do crlho.

Marco Paulo Valeriano de Brito

29/10/2025 - 13h49

NÃO SE RESOLVE AS CRISES SOCIAIS COM INTERVENÇÕES E/OU OPERAÇŌES LEVIATÃS, NACIONAIS OU INTERNACIONAIS, MAS COM AÇÕES GOVERNAMENTAIS SISTÊMICAS DE PROMOÇÃO SOCIAL

O Brasil urge de um Projeto de Estado-Nação.

Vão pedir ajuda dos EUA, do Donald Trump ?

O bolsonarismo, e a extrema-direita, podem até torcer!

Isso não vai acontecer.

Esse debate, levado ao campo internacional, não levará a nada, e só interessa à política profissional à serviço das oligarquias do atraso do Brasil.

Lula não pode cair em mais essa armadilha.

O que tem que ser feito nas favelas sabemos há décadas.

Ação Permanente e Sistêmica de Estado e um Projeto de Nação para o Brasil:

– Educação inclusiva;
– Cultura libertadora;
– Saúde Pública Preventiva e Promotora de Bem-Estar;
– Promoção Social e Trabalho;
– E, uma Forte Ação de Construção Habitacional, dentro das próprias favelas (verticais e horizontais), com urbanização, transporte público, entretenimento, esporte e turismo inclusivo.

O Governo Lula III precisa colocar o Governo Federal, como fomentador dessa Política Social Libertadora, que na região metropolitana do Rio de Janeiro será a única fórmula efetiva para sairmos dessa crise econômica e social sistêmica, que nos enterra há décadas, nessa violência epidêmica do crime organizado.

Se essa Reforma de Estado não for feita, a Revolução Popular Brasileira se tornará inevitável.

O que, francamente, me parece estar às portas, e por um rastilho de pólvora, no cerne da população empobrecida no Estado Fluminense e no Brasil.

Marco Paulo Valeriano de Brito
Enfermeiro-Sanitarista, Professor e Gestor Público

Adelson

29/10/2025 - 11h51

Parabéns! Lucidez!

Marco Paulo Valeriano de Brito

29/10/2025 - 11h41

NÃO DEEM PÚLPITOS AOS FASCISTAS

O fascismo se expande entre os degenerados de caráter.

Montagens escrotas, nas redes digitais, do “faz o L”, entre presidiários, quando são por lei impedidos os apenados votarem.

Chamar o presidente Lula de “larápio da nação”, por que?

Porque é o único presidente brasileiro, na nossa história republicana, que tem origem na classe trabalhadora, que o fascismo acredita que só serve para ser alienada, controlada, dominada, explorada, escravizada e feita de gado para pastoreio político.

Por que não provam suas acusações e só se importam em sustentar esses ataques rasteiros a um presidente que roda o mundo na busca pelo desenvolvimento sustentável do Brasil?

Quem é Cláudio Castro, senão um lacaio do bolsonarismo?

Quem é a extrema-direita, que não tem projeto para o Brasil?

Cláudio Castro matou em um dia, na sua Operação Contenção, no Rio de Janeiro, mais que Trump, em doze dias da Operação Marines no Caribe.

Se o fascismo internacional é genocida, o fascismo brasileiro acrescenta componentes sórdidos, de escárnio, preconceito, escravagismo econômico e racismo estrutural sistêmico.

Fascismo que ainda tem a cara-de-hipócrita, que em seu cinismo fundamentalista pseudorreligioso, se apresenta travestido de cristão.

Que Jesus e todas as entidades revolucionárias, santificadas nas resistências populares, nos livrem desses “cristãos” e seus falsos pastores e profetas.

Nas urnas temos que derrotar esse obscurantismo e eleger um projeto Eco-humanista de Nação, que supere a violência econômica-social, coloque a Educação no centro de tudo e faça a gestão da segurança pública com inteligência e profissionalismo.

Não podemos aplaudir desgovernos assassinos e seguir aceitando um Rio de Janeiro decadente e sob um apartheid social cristalizado.

A Alerj tem que abrir um Processo de Impeachment, por crime de responsabilidade, que afaste Cláudio Castro do Poder Executivo Fluminense.

Marco Paulo Valeriano de Brito
Enfermeiro-Sanitarista, Professor e Gestor Público

*Artigo revisado pelo autor.

Marco Paulo Valeriano de Brito

28/10/2025 - 20h49

NÃO DÊEM PÚLPITOS AOS FASCISTAS

O fascismo se expande entre os degenerados de caráter.
Montagens escrotas, do “faz o L”, entre presidiários, quando é por lei impedido dos apenados votarem.
Chamar o presidente Lula de “larápio da nação”, por que?
Por que é o único presidente brasileiro que tem origem já classe trabalhadora, que o fascismo acredita que só serve para ser escravizada.
Por que não provam suas acusações e só se importam em sustentar esses ataques rasteiros a um presidente que roda o mundo na busca pelo desenvolvimento sustentável do Brasil?
Quem é Cláudio Castro senão um lacaio do bolsonarismo?
Quem é a extrema-direita que não tem projeto para o Brasil?
Cláudio Castro matou em um dia, na sua Operação Contenção no Rio de Janeiro, mais que o Trump em doze dias da Operação Marines no Caribe.
Se o fascismo internacional é genocida o fascismo brasileiro acrescenta componentes sórdidos de escárnio, preconceito, escravagismo e racismo estrutural sistêmico.
Fascismo que ainda tem a cara-de-hipócrita, que em seu cinismo fundamentalista pseudorreligioso se apresenta travestido de cristão.
Que Jesus e todas as entidades revolucionárias, santificadas nas resistências populares, nos livrem desses “cristãos” e seus falsos pastores e profetas.
Nas urnas temos que derrotar esse obscurantismo e eleger um projeto Eco-humanista de Nação, que supere a violência econômica-social, coloque a Educação no centro de tudo e faça a gestão da segurança pública com inteligência e profissionalismo.
Não podemos aplaudir desgovernos assassinos e seguir aceitando um Rio de Janeiro decadente e sob um apartheid social cristalizado.

Marco Paulo Valeriano de Brito

Tiago Silva

28/10/2025 - 19h44

Operação Carbono Oculto contra o PCC:

● Nenhum tiro disparado

● RFB + PF + Polícia Civil + MPE + MPF

● Bloqueio de R$ 7,6 bilhões de dinheiro do PCC

Operação Contenção de Cláudio Castro contra o CV (que ocupa 20% do RJ enquanto Milícias ocupam mais de 50% do RJ):

■ Muitos tiros disparados com a morte de 64 pessoas (algumas pessoas inocentes morreram e policiais também morreram) e 81 pessoas presas

■ Cláudio Castro (que votou contra um Sistema Nacional de Segurança Pública) e a despreparada Polícia do RJ

■ Prendeu 81 capangas do CV, apreendeu algumas armas de Traficantes (75 Fuzis) que adquiriram muitas dessas armas como CAC na farra do governo passado e algumas drogas que dá um valor ínfimo… que mesmo assim, todos os capanga do CV que foram mortos/presos devem ser substituído por outro na próxima semana.

O governo federal deveria se concentrar en atacar a lavagem de dinheiro de organizações criminosas (CV, PCC, mas também milícias) e na reestatização desses territórios ocupados por narcomilicianos ou milicianos… e assim disponibilizar Moradia, Escolas de Aplicação, Institutos Federais de Tecnologia e Comunicação, Universidades (com vagas de Medicina) e Hospital Universitário nessas localidades.

Fanta

28/10/2025 - 19h23

Essas cenas dizem tudo e um pouco mais sobre o que é o Brasil do Sr. da Silva …https://www.youtube.com/shorts/T_Mb62iGYHc?feature=share

Stecchino

28/10/2025 - 19h19

Calma…o Larapio da Republica està resolvendo a guerra na Ucrania no buteco com Putin e a da Palestina tomando uma cervejinha com os ladroes de celular do Hamas, depois ele volta pro Brasil resolver a guerra no Rio e no Brasil…kkkkkkkkkkkkkkkk

Tonho

28/10/2025 - 19h15

Poderiam mudar o nome do site para O Globinho….kkkkkkk

Marco Paulo Valeriano de Brito

28/10/2025 - 18h27

NÃO CONSEGUEM NADA MAIS DO QUE MAIS CHACINAS!

Mais de 50 mortos, até o momento.

Contas paralelas informam mais de 80 óbitos e muitos feridos.

Policiais, em pleno dia nacional do servidor público do Brasil, estão entre as vítimas.

Governador queria envolver o governo Lula III nessa chacina.

A extrema-direita quer GLO.

Castro só não fala que a direita está no poder há décadas e não consegue gerir a segurança pública no Estado do Rio de Janeiro e conter a violência sistêmica do tráfico e da milícia.

Cláudio diz que o RJ está abandonado e que o crime ultrapassou os limites do Estado.

Ora, bolas, mas então por que resiste ao SUSP – Sistema Único de Segurança Pública?

Por que não quer a parceria da Polícia Federal, da Força Nacional de Segurança Pública e do MPF?

Em 2010, Lula autorizou uma GLO, para intervir na segurança pública do RJ, e não nos esqueçamos do fiasco que foi.

As Forças Armadas, Marinha, Exército e Aeronáutica, não foram concebidas para combaterem o crime e o conceito de “inimigo interno”, que respalda as ditaduras e regimes de exceção, precisa ser superado.

Será que o Brasil terá que rever o federalismo e voltarmos a ser um Estado Unitário?

Governos estaduais, como o do Cláudio Castro, inviabilizam a nossa federação republicana!

Marco Paulo Valeriano de Brito


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