“Um democrata será eleito em 2028. Vocês sabem disso, eu sei disso. Teremos uma Câmara democrata, teremos um Senado democrata.”
A previsão categórica é do estrategista veterano James Carville, que ficou mundialmente famoso pelo alerta dado à campanha de Bill Clinton em 1992: “É a economia, estúpido”. A declaração, feita no podcast “Politics War Room” em 7 de novembro, reflete o choque de expectativas gerado pelas recentes derrotas de Donald Trump em diversas eleições locais nos Estados Unidos.
Carville foi além, detalhando o que acredita que será o primeiro ato de um futuro governo democrata: uma reforma profunda na Suprema Corte, com a ampliação do número de juízes de nove para treze. “Isso vai acontecer, pessoal”, cravou, justificando a medida como uma “intervenção” para que o povo americano “volte a confiar” na mais alta instância do judiciário. Confiante, ele finalizou: “E eu apostaria muito dinheiro que é isso que vai acontecer”.
Segundo Carville, a base do Partido Republicano já está desmoralizada, e o poder financeiro democrata garantirá a vitória. “Um democrata não perde uma eleição neste século por falta de dinheiro. E não vai perder a próxima por falta de dinheiro”, afirmou, prevendo um aumento nas doações. “Eles [doadores e lobistas] ouvem os passos da manada agora e estão dizendo: ‘Oh, merda, o que nós fizemos?’”.
Para o Brasil, as consequências dessa mudança de expectativa já se fazem presentes. Os setores políticos que apostaram tudo numa relação com Donald Trump, articulando sanções e tarifas, terão dificuldade de diálogo com o Partido Democrata. O inverso é verdadeiro: os setores que, sob liderança do presidente Lula, mantiveram uma postura independente encontrarão uma Casa Branca mais receptiva a partir de 2029.
Os setores políticos e empresariais no Brasil devem se preparar para essa nova fase. A aposta excessiva que o bolsonarismo fez em Trump está fazendo água, o que beneficia o presidente Lula. Caso reeleito em 2026, Lula governará até 2030, coincidindo com os dois primeiros anos de um governo americano totalmente dominado pelos democratas. Essa sincronia pode abrir oportunidades de investimentos e aprimorar as relações comerciais e diplomáticas entre os países.
🇺🇸James Carville, estrategista que ajudou a eleger Bill Clinton em 1992, prevê vitória completa dos democratas em 2028: presidência, Câmara e Senado.
Ele afirma ainda que a primeira medida do novo presidente será expandir a Suprema Corte de 9 para 13 juízes, de maneira a partir… pic.twitter.com/LsQSSgf0Rp
— O Cafezinho ☕️🇧🇷 (@ocafezinho) November 10, 2025


Roberto
10/11/2025 - 15h36
Se acontecer, estaremos mais perto de uma guerra mundial.
Trump é de extrema-direita, mas não é peça da engrenagem do complexo industrial-militar (deep state). Os democratas, sim, são.